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Stablecoins apoiadas em ouro estão fadadas ao fracasso

Adolph Obasogie

Inegavelmente o ouro é o ativo considerado de valor e segurança por muitos anos. Certamente permanecerá assim por muito tempo. Sendo assim, não é difícil entender o motivo de muitas stablecoins serem apoiadas pelo metal amarelo. Contudo, será mesmo que a junção do passado com o grande sucesso do presente pode dar certo?

Apesar do grande sucesso do Tether, o mercado de criptoativos estáveis ainda tem muito o que crescer. De acordo com os dados do Stable Report, mais de 150 stablecoins estão inativas ou mortas. Ademais, esse cenário é mais pesado nos ativos estáveis apoiados em ouro, pois mais de 40 projetos já não existem mais.

Certamente a dificuldade desse mercado em decolar está na centralização necessária para manter o ativo digital lastreado em um bem real. Além disso, a dificuldade de provar que o ouro existe e está armazenado em um local seguro é maior que simplesmente fazer uma auditoria da quantidade de dólares em um banco.

Indo mais fundo, stablecoins lastreados em ouro também tem gastos maiores com taxas para garantir o armazenamento das garantias. Ao mesmo tempo, a manutenção de grandes quantidades de ouro acarreta uma carga negativa. Assim sendo, os retornos no curto prazo não pagam os custos do momento.

Outra armadilha vista nas stablecoins apoiadas pelo ouro é a volatilidade. Conforme observado o ouro não é estável e como o Bitcoin é comparado ao dólar. Ademais, é uma maneira de acumular valor ao longo prazo. Portanto, mesmo que ofereça uma volatilidade menor que a do BTC, uma stablecoin lastreada em ouro não será tão forte quanto uma lastrada em dólar.

Com toda certeza a geração milênio também é um impedimento para essas stablecoins. Para muitos jovens o ouro é apenas uma relíquia. De fato a geração atual tem demonstrado uma preferência maior pelo Bitcoin para fazer suas compras.

Certamente um criptoativo estável lastrado no metal precioso não conseguirá ganhar a atenção da juventude atual e é provável que fique ainda mais distante da próxima geração. Embora os criptoativos ainda não possam substituir o ouro, ele definitivamente representa tudo o que o milênios se opõem.

Além disso, mesmo que governos façam uma grande bagunça com o dinheiro fiduciário, o ouro pode não ser a opção. Após o confisco do mental na década de 30, o governo controla a maioria do ouro e pode ainda influenciar o mercado com vendas e empréstimos.

Em conclusão, a fusão do ouro com blockchain pode não ser tão lucrativa quanto parece. Conforme observado no mercado, as chances de falhas no projeto são enormes.

 

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