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Japão limita a alavancagem de Bitcoin para apenas 2x

Adolph Obasogie

 

Uma das categorias que o Bitcoin está envolvido que cresce muito é a de contratos futuros. Desde que a Chicago Mercantile Exchange (CME) e a Chicago Board Options Exchange (CBOE) lançaram essa opção em 2017, a popularidade dos contratos só cresceu. Isso fez com que grandes exchanges resolvessem entrar nesse mercado.

O que chama a atenção nesse mercado de derivativos são os riscos significativos com as alavancagens altas que as corretoras colocam. A exchange Binance, por exemplo, oferece uma alavancagem de até 125x para o BTC.

Uma alavancagem alta possibilita que o trader lucre mesmo com o mercado de criptoativos andando de lado. Entretanto, o recomendado é que ela seja usada por traders experientes, pois oferece perdas extremas também.

Um fato que pode ser tomado como exemplo é o pequeno rally em abril de 2019. O Bitcoin quebrou a resistência de US$4.200 e subiu rapidamente para mais de US$5.000 em menos de uma hora.

Quase 70% dos traders que operavam com uma alavancagem de 100% na PrimeXBT tiveram lucro variando entre 300% e 1200% de seus depósitos iniciais.

Por outro lado, os traders da BitMEX não estavam tão bem posicionados. Os dados apontam que houve uma liquidação de US$500 milhões.

E é esse mercado que vem quebrando recordes em 2020, quando chegou a ultrapassar o volume diário de US$20 bilhões, que está chamando a atenção das autoridades japonesas. As alavancagens astronômicas poderão não existir mais no país asiático.

O jornal Japan Times explicou que a Agência de Serviços Financeiros (FSA) do país está trabalhando para restringir a alavancagem dos traders para apenas 2x. A limitação está bem distante do que o mercado está acostumado.

Fontes do jornal asiático informaram que a escolha da baixa alavancagem teve base em flutuações de preços passadas e regulamentos de criptomoeda na Europa e nos Estados Unidos (país onde a alavancagem com criptoativos é proibida).

A FSA pretende, com o estabelecimento da regulamentação, “reduzir os riscos de aumento de perdas devido a flutuações de preços”. Além disso, a associação irá revisar suas regras para refletir o novo regulamento.

O Japan Times ainda acrescentou que “a nova regra será incluída em uma ordem do Gabinete vinculada à Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio revisada, que entrará em vigor na primavera”.

É importante ressaltar que as exchanges do país com palácios imperiais já operam com uma alavancagem baixa se comparadas com as corretoras fora do Japão. Com base na recomendação do órgão de autorregulação, o limite de alavancagem é de 4x nos depósitos dos traders.

Provavelmente o impacto da regulamentação nos traders será mínimo, pois a facilidade do uso de VPNs os ajuda a ignorar essas proibições, principalmente porque o interesse aberto no comércio de margens tem atingido níveis históricos no Japão.

 

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