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Os golpes comuns no criptomercado brasileiro

Melissa Eggersman

 

Não é segredo para ninguém que o criptomercado está cheio de problemas com relações a diferentes golpes, de elaborados scams em ICOs, até golpes simples como compras falsas. Porém, notícias recentes mostram que ainda existe muita confusão sobre diversos golpes comuns no mercado brasileiro de criptomoedas e isso faz com que esse tipo de crime continue acontecendo e prejudicando muitas pessoas.

Infelizmente, como em todo mercado, existem oportunistas que querem aproveitar do desconhecimento das pessoas sobre novas tecnologias. Como o criptomercado, apesar de ter evoluído muito em sua aceitação e informação, ainda é muito novo, é um ambiente próspero para diversos golpes.

Os tipos mais comuns de golpe no mercado brasileiro

Para escapar dos golpes é preciso ter conhecimento sobre o mercado e sobre como os scams são aplicados. Por exemplo, recentemente surgiu uma notícia de que um empresário de Recife foi acusado de gastar o Bitcoin de “clientes” em jogos de azar. Esses golpes possuem sempre uma mesma raiz, a promessa de lucros (muitas vezes á níveis impossíveis de serem alcançados em qualquer mercado sério).

Sobre o mesmo caso, estima-se que o número de vítimas pode chegar a 200. Esse é um número bastante alto envolvido em um golpe. Mas existem casos em que milhares foram prejudicados, sejam exchanges falsas, esquemas de pirâmide e as falsas minerações na nuvem.

O Guia do Bitcoin perguntou para o Vô Epaminondas do Canal Voepa, um dos principais influenciadores e criadores de conteúdo sobre criptomoedas no mercado brasileiro, quais são os tipos de golpes mais comuns no Brasil.

“Os golpes vão sempre se adaptando a tendência do momento, na época da mineração eram as falsas mineradoras nas nuvens com rendimentos absurdos, agora a sensação é o trade, os golpes estão focados nesse nicho.”, respondeu Epaminondas.

A tal da mineração em nuvem

Quando a “mineração em nuvem” estava em alta, houveram várias empresas que prometiam que os usuários podiam usar seus servidores para minerar bitcoins e altcoins e realizar saques após um determinado valor ser atingido.

Esses golpes acabaram cessando ou diminuindo bastante recentemente. O motivo foi que depois que todas as “mineradoras milagrosas” quebraram, as pessoas acabaram adquirindo mais conhecimento sobre esse tipo de golpe, o que dificultou que os enganadores criassem novos esquemas.

O caso mais famoso no Brasil foi a Minerworld, que acabou causando um prejuízo milionário para os seus usuários. A falsa mineração na nuvem conta com um esquema de pirâmide, onde os usuários mais novos pagam para os usuários mais antigos.

Apesar da mineração parecer legítima, afinal, a empresa está apenas minerando criptomoedas e te entregando parte do que é minerado. Sites como o da Minerworld possuíam a opção de pagar a mais para conseguir mais hash para minerar mais rápido e poder realizar saques mais cedo.

O que acontecia é que os usuários que pagavam por esse plano especial, recebiam o investimento de volta quando novos usuários também pagavam pelo mesmo plano, na verdade, nenhuma criptomoeda era minerada de verdade.

Golpes com trading

Agora, os golpes mais comuns são através da febre do trading. Vale esclarecer aqui que existem sim excelentes plataformas com robôs de trading reais e sistema de arbitragem que são capazes de oferecer lucro para os seus clientes e investidores.

Porém, sempre tem aqueles que se destacam de uma forma negativa. Essas são as empresas que promete lucros incríveis e que são até difíceis de acreditar, com retorno em poucos meses. Assim como nos golpes com mineração, nesses casos os novos usuários pagam os investimentos dos mais antigos e assim até que a pirâmide chegue a “base” e tudo acabe desmoronando (ou os criadores do esquema de ponzi desapareçam).

Em uma rápida busca é possível encontrar diversas notícias sobre esses esquemas. Atualmente, a que gera mais discussão na internet é a Unick Forex, que promete retorno de investimentos em pouco tempo, possui milhares de defensores, mas ainda não convenceu os céticos de que é completamente legítima.

Outros golpes comuns no mercado

Existem diversos outros golpes além desses. Um bem comum é em negociações P2P, onde o comprador envia o dinheiro, mas nunca recebe os ativos digitais comprados. Existem os golpes mais sofisticados, realizados através de exchanges falsas, carteiras falsas, ataques de phishing e cryptojacking, esses são comuns em nível mundial, sem um foco no mercado brasileiro.

Ainda segundo o Vô Epaminondas:

“As pessoas caem nesses golpes porque a promessa de lucro fácil atrai muito e os exemplos de pessoas que estão recebendo os ganhos milagrosos servem como isca principal.”

Por isso, para saber evitar os golpes com mineradores fantasmas e o trading milagroso, é importante se informar antes de qualquer grande investimento. É necessário também sempre desconfiar de todo “negócio incrível e imperdível”. Vale lembrar que não existe forma milagrosa para ficar rico.

A pesquisa e o conhecimento são a melhor forma de evitar todos os tipos de golpes comuns no criptomercado. Isso inclui uma boa pesquisa sobre pares P2P antes de realizar compras de criptomoedas, pesquisa sobre novas carteiras e exchanges e até mesmo sobre os ativos digitais que estão sendo lançados.

Acompanhar as notícias do segmento também é fundamental para garantir conhecimento sobre a indústria dos ativos digitais.

Veja também: OKEx vai acrescentar XRP e BCH ao seu mercado C2C.

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