CEO do Twitter: Futuro do Bitcoin está na África

CEO do Twitter: Futuro do Bitcoin está na África

By Adolph Obasogie - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

Certamente muitos acreditam que a maior adoção do Bitcoin e demais criptoativos virá de nações onde há grandes instabilidades financeiras. Só para exemplificar, temos a Venezuela que vê uma adoção crescente dos ativos digitais, em meio às dificuldades enfrentadas pelo país. Ademais, o Bitcoin já é considerado por muitos como uma “moeda global”. Esses pensamentos iniciais do artigo podem facilmente serem descritos como os do CEO do Twitter Jack Dorsey.

Sobre uma moeda global, enquanto o Facebook se empenhava para mostrar ao mundo a sua famosa stablecoin Libra, Dorsey falava que ainda tinha preferência pelo BTC. Assim sendo, deixou clara sua aversão com o projeto da gigante das mídias sociais.

Olhando para o lado da adoção, Dorsey deseja que o BTC atinja o “status monetário”. Todavia, não acredita que o foco deva ser as instituições financeiras, mas no mercado que mais precisa. Nesse caso, segundo o CEO da Square, a África.

De acordo com Dorsey, a África irá definir o futuro do Bitcoin. Além disso, ele disse que durante grande parte de 2020, a África será sua casa. Assim sendo, a África terá uma grande influência do BTC e da Square, empresa de serviços financeiros de Dorsey.

Os detentores de criptoativos podem se animar, pois Dorsey, em sua visita à África, não compartilhou seu tempo com autoridades centrais. De conformidade com o blockchain, preferiu conversar com empresários de tecnologia. Dessa maneira poderia entender mais a inovação de base e dedicar seu tempo aos desenvolvedores de criptoativos.

Inegavelmente Dorsey tem um grande conhecimento sobre ativos digitais. Em 2019 ele descreveu o BTC como “moeda nativa” da internet. Ademais, disse que a Square Crypto ajudará cada vez mais como uma empresa de internet onde produtos podem ser lançados e o mundo inteiro utilizá-los. Tudo isso sem precisar ir ao banco ou mercado de outros países e nem mesmo procurar por algum órgão regulador.

Além disso, a Square conseguiu uma patente para um serviço de transação em tempo real entre criptoativos. Como resultado, a maneira como as pessoas interagem com o dinheiro será alterada, disse o fundador da Quantum Economics. Isso porque permitirá que um comerciante receba em Tether ou outro criptoativo mesmo que o cliente pague com Bitcoin.

No entanto, a utilização do Bitcoin pode ir muito além. A África enfrenta sérios problemas de centralização de poder. Portanto, a natureza distribuída do criptoativo pode atrair mais cidadãos. Ademais, 60% do comércio da África vem da economia informal. Dessa maneira, os criptoativos são ideais para essas operações.

Um ponto em comum com a população da África e o Bitcoin é a juventude. De acordo com um relatório da Fundação Bill e Melinda Gates, nos próximos 20 anos, a população na África com idades entre 0 e 24 anos aumentará 50%. Isso é positivo, pois a juventude é mais propensa a entender e se adaptar aos ativos digitais.

Com o crescimento de jovens na África e o envelhecimento da infraestrutura e processos bancários, o número de negociações de Bitcoin pode aumentar de maneira surpreendente. Só para ilustrar, na semana de 18 de janeiro deste ano, o volume semanal do BTC da LocalBitcoins na África do Sul foi superior a US$920.000. Além disso, exchanges descentralizadas não param de crescer em Gana, Nigéria, África do Sul e Quênia.

Em resumo, empresas que tentam resolver os problemas da África falham, pois, oferecem uma solução com intermediários para a população sem contas bancárias. Em contrapartida, Jack Dorsey já entrará sem dinheiro fiduciário, pois tem o Bitcoin, não precisará de uma instituição financeira, pois tem a Square Crypto. Mais uma vez o Bitcoin provará que conseguirá reinar onde autoridades centrais falharam.

Clique aqui para ler: Adoção: As criptomoedas e a monetização de conteúdo na internet

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