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Fed está pesquisando o desenvolvimento do dólar digital

Melissa Eggersman

Da metade de 2019 até agora, o criptomercado viu o nascimento e crescimento de uma tendência: As Moedas Digitais de Bancos Centrais, as CBDCs, na sigla original. Muitos países estão embarcando nessa nova onda e agora temos confirmação oficial de que o Federal Reserve Bank, o Fed, está estudando a digitalização do dólar através de uma criptomoeda de Banco Central.

A informação veio de uma palestra dada por Lael Brainard, uma das governadoras do Fed durante uma conferência na universidade de Stanford, na Califórnia.

Pela primeira vez, o Fed anunciou oficialmente que está ativamente pesquisando e experimentando com a possibilidade de emitir moedas digitais e usar tecnologias de ledger distribuído. Essa é uma mudança de tom considerável para o Banco Central dos EUA, que até o momento parecia não ligar muito para as moedas digitais.

De acordo com o podcast The Breakdown, Brainard primeiro falou sobre a atual estrutura de criptomoedas e blockchain no mundo. Sobre o Bitcoin, ela ressaltou:

“Há 10 anos o Bitcoin foi exaltado como um novo tipo de dinheiro digital que iria servir como reserva de valor, forma de transações, unidade de contabilidade com negociação em qualquer moeda do mundo e sem a necessidade de um governo centralizado. O Bitcoin não atingiu a aceitação geral por causa da sua alta volatilidade, escalabilidade, taxas difíceis de serem previstas, governança limitada e transparência limitada.”

Esses são argumentos que vêm sendo repetidos sobre a maior criptomoeda do mundo há um bom tempo. Mas Brainard usou a narrativa justamente para afirmar que a corrida das CBDCs não foi provocada por causa da popularidade do Bitcoin, mas sim devido ao anúncio da Libra.

 

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A governadora do Fed afirmou que a Libra representa uma grande ameaça para a soberania do dólar graças ao número de usuários do Facebook. 1/3 de todo o mundo tem conta na rede social e, portanto, o impacto da Libra pode ser muito maior do que o do Bitcoin e das criptomoedas de primeira geração.

Correndo atrás do prejuízo

O Fed não demonstrava nenhum tipo de interesse nas criptomoedas até agora, pelo menos publicamente. Mas no ano passado algo mudou drasticamente o cenário mundial sobre os ativos digitais.

A Libra foi o pontapé inicial na resposta rápida de Bancos Centrais no mundo todo quando o assunto era o desenvolvimento de CBDCs. Mas uma outra força muito maior foi quem firmou essa discussão no cenário financeiro mundial: A China.

A resposta da China para a Libra não foi uma possível proibição do projeto, mas sim o anúncio de que o Banco Popular da China iria desenvolver o Yuan Digital. Isso fez com que os outros países começassem a se preocupar com o quanto essa nova moeda poderia ameaçar a soberania das suas moedas fiduciárias.

Desde então vários países estão correndo atrás do desenvolvimento de moedas digitais. Estima-se que cerca de 80% dos bancos centrais estão em algum nível de estudo e desenvolvimento desse tipo de moeda.

O Fed agora está oficialmente na corrida do ouro digital, reconhecendo que há uma revolução digital na forma que lidamos com o dinheiro em um futuro próximo.

Veja também: 36% das pequenas e médias empresas dos EUA aceitam criptomoedas

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