2 anos após a alta máxima: O que mudou no Bitcoin?

2 anos após a alta máxima: O que mudou no Bitcoin?

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 02 junho 2020

Logo após atingir a lendária marca de US$20.000, a tendência parabólica do Bitcoin reverteu para o pior e em poucos meses ele predeu 50% do seu valor. Esse foi apenas o começo do período pós a alta recorde da maior criptomoeda do Mundo, como nota o site Bitcoinist.

Como quem acompanha o mercado já sabe, esse não foi o final do que aconteceria com o criptomercado nos dois anos seguintes. Ao longo de 2018, o bitcoin caiu para um novo nível mínimo de US$3.200. Durante esse período, o BTC perdeu mais de 70% de seu valor.

No entanto, a evolução estava acontecendo nos bastidores, apesar do preço do Bitcoin também ter perdido seu lugar entre as principais notícias de negócios.

Durante esse tempo o mercado amadureceu, a maioria dos golpes e ICOs sem fundamento afundaram e as moedas que mantinham pilares sólidos se mantiveram no mercado, mesmo perdendo muito valor. O BTC, no entanto, provou que chegou para ficar, apesar de suas flutuações de preços no curto prazo.

Nos anos seguintes, o preço do Bitcoin alcançou vários ralis fortes, com temporadas menores de altcoin acontecendo no meio. Os preços não atingiram novos máximos, mas conseguiram se recuperar consideravelmente. Tirando quem comprou durante o ATH, a moeda ainda rendia lucro para quem soube esperar.

Também ocorreu em 2018 o advento dos contratos futuros de Bitcoin, com os contratos da CME em particular atraindo um interesse aberto significativo.

Mais tarde, em 2019, o mercado futuro ganhou contratos liquidados fisicamente na corretora Bakkt e, desde então, vários outros operadores de criptomoedas adicionaram produtos derivados semelhantes. Após os contratos futuros, as opções chegaram como outro derivado para proteger o risco de Bitcoin. A atividade comercial se afastou dos mercados à vista e não confiou na propriedade do BTC para especular sobre seus preços.

Tether (USDT) definiu o ritmo

O recorde de preço de 2017 também foi vinculado à impressão do Tether (USDT). Os céticos viram a moeda como um ponto de falha para o Bitcoin e apontaram para o fato de que o crescimento da moeda líder seguiu de perto as novas impressões do USDT, que aconteciam quase todos os dias no final de 2017.

Mas nos dois anos seguintes, a Tether, Inc. refinou sua abordagem. Agora, existem mais de 4,7 bilhões de USDT em circulação, espalhados por várias redes, incluindo Ethereum, TRON e EOS. Para comparar, em 17 de dezembro de 2017, o fornecimento do USDT atingiu 1,3 bilhão de moedas, começando com apenas alguns milhões no início do ano.

 

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A participação das negociações do USDT em todos os pares de BTC cresceu de cerca de 10% para um pico de 85% e estabilizou em torno de 67% em dezembro.

Porém, ainda existe muita desconfiança sobre o quanto a Tether tem influência no preço do Bitcoin, com ela sendo processada por causa disso.

Até hoje grandes impressões de Tether são linkados ao aumento (ou queda) no preço do Bitcoin.

Mineradores expandiram suas operações para novos recordes

O hashrate da rede Bitcoin cresceu nos últimos anos. A preços atuais, as mineradoras continuam fortes com 90 quintilhões de hashes por segundo e um pico anual de 120 quintilhões de hashes por segundo. Dois anos atrás, o hashrate era de cerca de 15 EH/s, aproximadamente seis vezes menor.

Após o choque do mercado em baixa, o BTC mostrou que pode ser um ativo atraente, mesmo sem atingir novos máximos. A moeda conseguiu ralis significativos e, mais uma vez demonstrou com uso prudente, pode ser uma fonte de melhoria das finanças pessoais, mas também para atrair instituições.

O BTC não substituiu as altcoins, embora a maioria dos ativos menores acabou caindo no esquecimento. A moeda também não voltou a dominar o valor de mercado com dominância 90%. As Altcoins também criaram suas próprias partes de liquidez, não competindo, mas aumentando as oportunidades do BTC.

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