Um sistema financeiro sem atividades bancárias não é só desejável, mas possível

Um sistema financeiro sem atividades bancárias não é só desejável, mas possível

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

Nessa semana eu adquiri o livro “O fim dos bancos: moeda, crédito e a revolução digital” de Jonathan Mcmillan (pseudônimo), você pode adquirir o livro através desse link. Nele, os autores argumentam que

“um sistema sem atividades bancárias não só é desejável como também possível. Embora essas atividades já tenham sido úteis e exercessem funções econômicas essenciais, a revolução digital virou a mesa. As atividades bancárias fugiram do controle porque a tecnologia da informação tornou a regulação bancária ineficaz. A crise financeira de 2007-8 prenunciou uma nova era de descontrole. Mas os efeitos da revolução digital sobre os sistemas financeiros são duplos, de modo que tampouco precisamos das atividades bancárias. A tecnologia da informação oferece novas possibilidades que as tornam redundantes. Seu fim marcará o início de um novo sistema financeiro”.

A informação crucial para se vislumbrar corretamente a ideia do livro é que as chamadas “atividades bancárias” são definidas a partir de uma perspectiva macroeconômica e se referem à “criação de moeda por meio de crédito”. É disso que podemos prescindir em um novo sistema financeiro criado e gerido digitalmente.

A ideia acima exposta lida com uma questão crucial no sistema financeiro atual em torno da emissão de moeda em um contexto de uma relação promíscua entre governos e bancos. Um sistema financeiro digital, especialmente um que seja baseado numa blockchain descentralizada, aberta e pública, representa um avanço absolutamente gigantesco em relação ao modelo atual, do que queremos (e aparentemente podemos) nos livrar.

Os autores pretendem gastar o livro todo explicando sua visão a respeito do tema, mas adiantam que não fornecem soluções para a transição do paradigma atual para o próximo, mas têm por objetivo indicar o caminho para a concretização do ideal, que ainda demorará para se tornar realidade, caso isso venha a acontecer no sentido da substituição completa do modelo atual (baseado em dívida e gerido por governos e bancos macomunados) para um modelo mais livre, justo, transparente e atual.

Mudanças dessa magnitude não ocorrem sem alto grau de disrupção e sem contextos revolucionários, por isso é importante que a viabilidade da mudança seja entendida e apregoada aos demais seres humanos para que todos entendam que temos escolha e nosso destino não deve ficar atrelado a um sistema já arcaico e profundamente comprometido (em vários sentidos) com o status quo.

Queremos mudanças radicais e profundas e, por isso, somos agente disso que queremos. Fica a dica de leitura a todos os entusiastas leitores do guia do bitcoin.

Ezequiel Gomes

Guia do Bitcoin

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