População da África do Sul usa Bitcoin para fugir da recessão do país

População da África do Sul usa Bitcoin para fugir da recessão do país

By Chris Roper - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

A África do Sul tem sido um dos principais inovadores e pioneiros quando o assunto é criptomoedas, sendo um dos países que mais possuem caixas eletrônicos de Bitcoin do mundo. Agora, após os temores da guerra comercial que causaram problemas econômicos semelhantes na Argentina, Turquia e Indonésia, a economia da África do Sul está entrando em uma nova crise.

Na terça-feira passada, foi confirmado que uma recessão pode estar chegando para o país após a revelação de que o PIB estava em declínio no segundo trimestre. A moeda fiat sul-africana, o Rand Sul-Africano (ZAR), vem caindo a algum tempo e devido a dúvida da população sobre uma possível Venezuela 2.0, as criptomoedas vêm tomando a cena no país africano.

Em reação às notícias, os sul-africanos têm adquirido um novo interesse por criptomoedas, semelhante à adoção que a Turquia promulgou após seu recente colapso econômico.

O país, que mais pesquisou por “Bitcoin” no Google em 2018, não é totalmente ignorante em relação a criptomoedas. Muitos sul-africanos já negociam frequentemente em Bitcoin e em vários outros ativos digitais, e o país abriga uma série de empreendedores de blockchain, dos quais o mais notável é o do Monero, o desenvolvedor-chefe Riccardo “Fluffy Pony” Spagni.

O sentimento positivo em criptomoeda foi ecoado pelo novo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em uma recente reunião da União Africana em Ruanda, onde ele apresentou suas ideias de uma moeda única para a África, possivelmente uma moeda digital.

Como em qualquer país que apresenta alto entusiasmo sobre moedas digitais, a África do Sul tem até mesmo sua própria fraude em Bitcoin, que viu 28 mil investidores sendo roubados em mais de 1 bilhão de ZAR. O incidente assustou os sul-africanos, levando a SARS, uma espécie de serviço governamental para controle de renda da população, a buscar o desenvolvimento de regulamentos para o uso de criptomoedas no país.