ONG de Israel ameaça processar Coinbase por causa do Hamas
Recentemente falamos aqui no Guia do Bitcoin sobre um pedido de doação de bitcoins por parte do grupo terrorista Hamas. O pedido foi atendido por apoiadores do grupo e a organização militar acabou levantando fundos para financiar suas atividades. A transação para as carteiras dos terroristas foi feita através da Coinbase.
Agora, a Coinbase foi ameaçada com um processo por uma ONG de direitos civis chamada Shurat HaDin, caso ela continue permitindo que o Hamas consiga arrecadar dinheiro. A notícia é do The Jerusalem Post.
Shurat HaDin agora quer que a Coinbase pare de oferecer serviços para o grupo fundamentalista Palestino. A Coinbase é sediada nos Estados Unidos e o governo do país trata o Hamas como uma “Organização Terrorista Estrangeira”. O aviso para a Coinbase foi feito através de uma carta oficial.
“Fomos recentemente informados que o notório grupo terrorista palestino Hamas atualmente tem uma conta com a Coinbase Inc e usa essa conta para aceitar doações. Portanto, estamos escrevendo para notificar a Coinbase que providenciar deliberadamente meios de suporte ou recursos para o Hamas é uma violação da lei federal dos EUA e para exigir que a Coinbase feche imediatamente todas as contas e serviços oferecidos ao Hamas”.
A ação não é apenas contra a lei dos EUA, mas também viola os próprios termos de serviço da Coinbase. Segundo as normas da empresa, nenhum cliente que usa a plataforma pode utilizar os serviços para cometer atos de violência.
Porém, é importante olhar para um cenário mais amplo da situação. Enquanto a ONG está certa em tentar diminuir a ameaça do terrorismo, ela parece estar focando apenas no criptomercado. Segundo informações do CCN o grupo terrorista conseguiu arrecadar apenas $2.5000 em Bitcoins. A grande maioria do financiamento do Hamas é feito com moedas fiduciárias, muitas vezes em transferências pelo sistema bancário tradicional.
Portanto, apesar de parecer tentador, o Bitcoin ainda não pode ser considerado uma ferramenta de incentivo ao terrorismo, até porque a moeda não é privada e pode ser facilmente rastreada.
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