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O foco de Pequim na integração de blockchain

Nicholas Say

Bandeira chinesa com sobreposição de tecnologia

No início deste mês, as autoridades de Pequim divulgaram um documento de 145 páginas sobre sua integração blockchain em toda a cidade.

No início de julho, o governo local de Pequim publicou um documento de 145 páginas em seu plano de dois anos para transformar a cidade usando a tecnologia blockchain. Essa integração visa estabelecer uma comunicação eficiente entre diferentes regiões e departamentos, especialmente entre empresas e órgãos governamentais.

Pequim já integrou o blockchain em 140 serviços governamentais funcionais, que economizam até 40% da papelada. Além disso, os aplicativos aceleraram o processo de recuperação econômica depois que o pedido de estadia em casa foi suspenso.

Ao acelerar a comunicação, a produção foi retomada mais cedo do que o esperado em algumas áreas.

Uma série de pesquisas sobre blockchain realizadas pela Deloitte relatou que 73% dos participantes chineses afirmam que a tecnologia blockchain é uma das cinco principais prioridades estratégicas na China e 62% votaram “regulamentação específica do setor” como a preocupação regulatória mais comum em blockchain.

A cidade usou o blockchain não apenas para os esforços do governo, mas também para ajudar as empresas locais por meio de comunicação eficaz e serviços mais acessíveis.

Preparando um caminho para desenvolvimentos futuros

Em um relatório diferente publicado pela PWC em 2018, a China é listada como um dos países mais avançados em termos de desenvolvimento de blockchain. As estatísticas projetadas sugerem que nos próximos três a cinco anos, a China será o país líder no desenvolvimento de blockchain globalmente.

O governo chinês reconheceu o benefício da tecnologia blockchain no início, e eles não estão atrasando o desenvolvimento em plataformas blockchain tão cedo.

Simultaneamente aos projetos publicados, o Ministério de Recursos Humanos e Seguridade Social da China reconheceu oficialmente os desenvolvedores de blockchain como uma ocupação viável, com alta demanda.

Para apoiar o setor, Pequim também criou um fundo para startups de blockchain, recompensou empresas existentes e incentivou as futuras. Isso também pode ser visto na zona econômica especial de Hainan, onde foram feitas políticas para atrair grandes empresas estrangeiras.

A área cinza

Em 14 de janeiro deste ano, especialistas chineses realizaram um seminário sobre blockchain e como ele poderia ajudar no controverso sistema de pontuação de crédito social. Esse sistema avalia cada indivíduo em seu comportamento social e oferece benefícios extras ou os penaliza de acordo.

Especialistas especulam que o blockchain solidificará o uso desse sistema, pois as informações sobre o blockchain não podem ser alteradas ou excluídas, garantindo permanentemente o sistema de crédito social.

Curiosamente, no projeto lançado recentemente sobre integração de blockchain, o plano não incluiu o sistema de crédito social. O sistema de crédito social tem sido objeto de críticas internacionalmente, pois tem sido usado para discriminar cidadãos chineses que são jornalistas ou parte de grupos minoritários étnicos.

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