FMI recomenda que Bancos Centrais explorem stablecoins

FMI recomenda que Bancos Centrais explorem stablecoins

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou recentemente aos Bancos Centrais do mundo todo que explorem a introdução das moedas digitais de Banco Central (CBDC, na sigla original), mas que procedam com cautela, como foi informado pelo site CryptoBriefing.

Em sua postagem semanal mais recente no blog, o FMI sugeriu que as CBDC possuem vários benefícios. Isso inclui reduzir o custo de gerenciar a política monetária e ajudar as pessoas que não possuem acesso ao sistema bancário a serem incluídas no sistema financeiro do qual os bancos tradicionais as excluíram.

Curiosamente, a organização sugeriu que “alguns Bancos Centrais estão preocupados com a crescente concentração do sistema de pagamentos nas mãos de poucas empresas muito grandes (algumas das quais estrangeiras). Nesse contexto, alguns Bancos Centrais veem o CBDC como um meio de aumentar a resiliência de seu sistema de pagamentos.”

Em termos práticos, isso quer dizer que o FMI reconhece que alguns bancos estão com medo das soluções de pagamentos criadas pelas fintechs. Possivelmente, ainda mais preocupados com a possibilidade de que empresas de tecnologia podem explorar a blockchain e os conceitos da descentralização para criar suas próprias moedas.

 

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Claro, não precisamos nem mesmo dizer que a Libra do Facebook teve um importante papel nisso, já que após o seu anúncio, vários bancos e órgãos fiscalizadores passaram a ter interesse nos ativos digitais (principalmente de forma restritiva).

A organização sediada em Washington teve um relacionamento interessante com as criptomoedas, com a ex-diretora administrativa Christine Lagarde sugerindo que as autoridades “combatam fogo com fogo” na perseguição aos crimes que utilizam criptomoedas.

Mais tarde, ela foi uma das defensoras dos benefícios dos ativos tokenizados. O Fundo Monetário Internacional agora tem uma novo chefe, a economista búlgara Kristalina Georgieva.

No entanto, a organização que tem jurisdição e atuação em 189 países membros alertou os Bancos Centrais para que procedam com cautela, descrevendo vários riscos da emissão de moedas digitais de Banco Central. Entre eles, os mais destacados são os riscos para os sistemas bancários nos países de atuação dos Bancos Centrais.

Como o FMI diz, “os depósitos podem ser retirados de bancos comerciais, caso as pessoas decidam manter o CBDC em volume significativo.”

Observando um aumento no interesse do Banco Central desde o anúncio da Libra do Facebook, o FMI agora vê as criptomoedas emitidas e controladas pelos bancos centrais como tendo o potencial de desempenhar um papel positivo na vida econômica e no gerenciamento da política monetária.

Veja também: Banco de Pagamentos Internacionais busca regulamentação de criptoativos

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