Ex-prefeito é acusado de lavar dinheiro usando Bitcoin

Ex-prefeito é acusado de lavar dinheiro usando Bitcoin

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

As criptomoedas podem ser utilizadas para diferentes fins, incluindo os ilegais, esse foi o caso de José Edivan Félix, ex-prefeito de Catingueira (PB) acusado de lavagem de dinheiro utilizando criptomoedas. Segundo informações do site Bastidores da Política, José Edivan Félix foi denunciado pelo crime de lavagem de dinheiro, envolvendo inclusive criptomoedas.

O site aponta que, de acordo com a ação penal (nº 0800197-65.2020.4.05.8205), o acervo patrimonial de José Edivan Félix é bem maior do que o declarado por ele e encontra-se ocultado em nome de terceiros, por serem produtos e proveitos dos crimes de desvio de recursos públicos cometidos quando esteve à frente da Prefeitura Municipal de Catingueira, no Sertão paraibano, de 2005 a 2012.

As investigações apontam que Félix possuía um carro de origem desconhecida, que nunca foi declarado e nunca esteve em seu nome. Esse veículo entregue para uma empresa para que ela vendasse o carro e investisse US$10 mil em criptomoedas utilizando o nome de Marcelo Henrique Lacerda Félix, filho do ex-prefeito.

O curioso é que o dinheiro foi investido em frações das criptomoedas Bitcoin e da Megacoin, uma moeda totalmente desconhecida, com uma capitalização de mercado mínima, volume de transação quase nulo e praticamente morto. Tudo indica que o Megacoin foi uma moeda scam ou um projeto que já nasceu falido.

 

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Em outra transação narrada na denúncia, José Edivan Félix entregou um veículo no valor de R$ 19 mil, sendo que parte desse valor deveria ser investida em criptomoedas e o restante devolvido ao denunciado

Segundo o MPF, não foi possível sequer determinar qual a origem desse veículo em pagamento ao investimento. O modelo de negócio consistia, em síntese, em pagamentos feitos por participantes, que além de comprarem cota inicial ainda pagavam mensalidade e faziam saques de dividendos em criptomoedas.

O jornal também informa que:

“Segundo o MPF, não foi possível sequer determinar qual a origem desse veículo em pagamento ao investimento. O modelo de negócio consistia, em síntese, em pagamentos feitos por participantes, que além de comprarem cota inicial ainda pagavam mensalidade e faziam saques de dividendos em criptomoedas.”

O que parece muito com um esquema de pirâmide que estava sendo administrado pelo ex-prefeito.

José Edivan Félix já está preso sob condenação de outro caso. Agora ele responderá à essa nova acusação. E enquanto as criptomoedas são comuns em situações assim, vale lembrar que as moedas fiat são muito mais comuns em casos de corrupção. O Bitcoin é rastreável e transparente, o dinheiro vivo não. Por isso, o caso não deve ser usado como FUD para a legalidade das criptomoedas.

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