CVM recusa Termo de Compromisso proposto pela Unick

CVM recusa Termo de Compromisso proposto pela Unick

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

A página oficial no Twitter para comunicação de notícias da CVM, anunciou nesta terça-feira, dia 4, que rejeitou o Termo de Compromisso com a Unick Sociedade de Investimentos Ltda. O termo, de acordo com as informações da CVM, contaria com um pagamento de R$350 mil pela Unick, mais R$50 mil por Leidimar Bernardo Lopes, Alberi Pinheiro Lopes e Fernando Marques Lusvarghi em um total de R$500 mil.

De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários, o Termo de Compromisso foi rejeitado por dois motivos principais. O primeiro é a necessidade de comprovação do encerramento da conduta irregular no mercado, conforme determinado pela CVM em Ato Declaratório 16.169;

O segundo motivo detalhado pela comissão é a falta de uma proposta de ressarcimento aos investidores que sofreram prejuízos com os valores bloqueados.

Além disso, o órgão fiscalizador também mencionou a gravidade e a repercussão do caso e da continuidade da prática, mesmo após a comissão ter lançado o Ato Declaratório CVM 16.169. Com isso, o Comitê de Termo de Compromisso (CTC) sugeriu a rejeição da proposta, pois não considerou oportuno e conveniente o acordo.

 

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Com a rejeição, os acusados do processo instaurado pela CVM continuarão respondendo por emissão e distribuição pública de valores mobiliários sem autorizações da Comissão.

A Unick Forex, outrora defendida pelos seus clientes, a Unick recebeu a primeira notificação da CVM em março de 2018, quando foi proibida de ofertar investimentos e captar clientes no Brasil. Mesmo assim, a empresa continuou operar normalmente e ignorando os avisos. Os clientes também ignoraram a situação, acreditando na idoneidade da Unick Forex.

Pouco tempo depois, a Unick chegou a mudar de nome para Unick Academy e uma vez que os saques começaram a atrasar, passou a se distanciar de uma empresa que ofertava investimentos e se dizia apenas uma plataforma educacional.

Com o acúmulo de saques atrasados e cada vez mais reclamações dos clientes, não demorou para que tudo começasse a ruir. Recentemente líderes da Unick, incluindo o presidente Leidimar Lopes e Danter Silva, um dos principais nomes da empresa, foram presos pela Polícia Federal.

Três dos líderes da empresa foram soltos recentemente mediante um pagamento de fiança de US$200 mil reais.

Leidimar continua preso e o processo da CVM contra a Unick continua correndo, enquanto vários outros clientes já entraram no juizado especial.

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