Artigo anterior Cruz Vermelha do Quênia adota a blockchain para projeto de economia informal Próximo artigo Home Cruz Vermelha do Quênia adota a blockchain para projeto de economia informal Cruz Vermelha do Quênia adota a blockchain para projeto de economia informal By Melissa Eggersman - min. de leitura Atualizado 04 junho 2020 As sociedades da Cruz Vermelha do Quênia, Dinamarca e Noruega criaram um esforço de dois anos para ajudar a combater a necessidade de fundos e crédito para comprar bens e serviços em economias problemáticas, com foco no Quênia. Atualmente, o processo de escambo é o método mais utilizado na economia do país, e as transações são registradas em papel, de acordo com um relatório da Reuters. Nas pobres comunidades rurais e favelas do Quênia, os moradores têm muito a vender, de tomates cultivados em casa ou até mesmo a mão de obra para o campo ou ensinando crianças, mas poucas pessoas têm dinheiro suficiente para comprar os bens e serviços, reduzindo o incentivo para produzir mais. O escambo trabalha para algumas trocas, mas aí surge o problema de falta de gerenciamento, onde é difícil você saber quem tem o que e o que cada um deve ao outro. O mesmo vale para os grupos de poupança e empréstimos das aldeias, onde as transações são geralmente registradas em tiras de papel e mantidas em uma caixa trancada. Então, para tentar melhorar as condições dessa economia em zonas de risco, as entidades da Cruz Vermelha lançaram nesta terça-feira um esforço de dois anos para ajudar a resolver essa falta de dinheiro, implantando “moedas locais” apoiadas pela tecnologia de blockchain para facilitar o comércio nas comunidades e estimular a atividade econômica. O sistema funciona como o popular sistema de transferência de dinheiro móvel M-Pesa do Quênia, mas os usuários não precisam ter xelins quenianos, disse Adam Bornstein, que trabalha no setor de financiamento alternativo para a Cruz Vermelha Dinamarquesa. O esforço de dois anos incluirá o uso de moedas locais suportadas pela tecnologia blockchain. Quase que uma tokenização dessas moedas locais. A esperança é que esse processo leve a uma melhora na atividade econômica. Segundo o relatório, o objetivo do projeto é promover a utilização de US$1 bilhão por ano em ajuda prestada nesses países. O processo já foi testado na Etiópia e no Quênia e mostrou sucesso nas comunidades carentes. Ele envolve o uso de um sistema de créditos. O procedimento já estimulou as economias das comunidades pobres, permitindo que os créditos criados a partir de infusões de trabalho, vendas ou ajuda fossem negociados várias vezes e gastos localmente Como comprar Bitcoin no Brasil Paula Gil, consultora humanitária de Genebra, disse que a tecnologia pode provocar uma revolução na prestação de ajuda. “Este é o futuro”, disse ela à Thomson Reuters Foundation, acrescentando que “provavelmente é o único uso verdadeiro da blockchain para o bem.” Will Ruddick, fundador da Grassroots Economics, uma fundação que desenvolve moedas comunitárias, inclusive para o projeto da Cruz Vermelha, disse que os sistemas de troca apoiados em blockchain podem remodelar a maneira como os gastos com desenvolvimento e construção de resiliência são direcionados ao redor do mundo. O sistema “permite que 25 mulheres com telefones de recurso (simples) criem sua própria casa de crédito e poupança usando sistemas totalmente automatizados”, explicou Will. O projeto também é relativamente barato de ser mantido, com cerca de US$40.000 por ano para servidores e suporte para cobrir todo o território do Quênia. Para a implementação inicial, já foi realizado mais de US$1 milhão em financiamento inicial da Noruega e de outros doadores. Adam Bornstein, que trabalha para a Cruz Vermelha Dinamarquesa, compartilhou no relatório da Reuters que nem todos estão satisfeitos com o esforço. Por exemplo, vários bancos no Quênia estão preocupados com o fato de as ofertas de crédito levarem a uma comunidade mais sofisticada, o que prejudicará a necessidade de empréstimos. Caso isso realmente aconteça, então a blockchain terá apenas cumprido a sua missão inicial de quando foi desenvolvida, ser uma tecnologia disruptiva e que ajuda aos que não se beneficiam com o sistema bancário. Veja também: Ganhe Ethereum com o concurso do Formula 1 Mantenha-se informado todos os dias sobre Bitcoin! Se inscreva em nossas redes sociais: Instagram: instagram.com/guiadobitcoin/ Telegram: telegram.me/guiadobitcoin Facebook: facebook.com/guiadobitcoin/ Compartilhe este artigo Categorias Analise Etiquetas Bitcoin