HomeServiço de mineração Coinhive vai encerrar as suas atividades em março

Serviço de mineração Coinhive vai encerrar as suas atividades em março

Melissa Eggersman

Em um anúncio feito no blog oficial da mineradora, o time por trás da Coinhive revelou que o projeto será encerrado em breve. O motivo para o encerramento seria o fato do projeto ter se tornado economicamente inviável.

O serviço de mineração irá encerrar as suas operações no dia 8 de março de 2019, porém as dashboards dos usuários ficarão acessíveis até o dia 30 de abril. Entre os motivos por trás do fechamento, os desenvolvedores apontam a queda de mais de 50 por cento na taxa de hash após o último fork do Monero (XMR).

O serviço também foi atingido pela queda do criptomercado, com o valor do XMR caindo mais de 85% dentro de um ano. “Isto e a hardfork anunciada junto com o update no algoritmo da rede Monero no dia 9 de março nos levou à conclusão de que precisamos descontinuar o Coinhive,” afirma o post.

O Coinhive é um serviço de mineração de moeda digital baseado em JavaScript que se baseia em um código instalado em sites. Uma vez instalado, o serviço passa a usar o poder computacional de um navegador que carrega o site em questão. Apesar do Coinhive não ser um código inerentemente malicioso, ele se tornou muito popular entre hackers que faziam cryptojacking.

No início deste mês, a Microsoft removeu oito aplicativos da loja oficial do Windows 10 depois que a empresa de cybersegurança Symantec detectou a presença de códigos de mineração XMR escondidos. A análise da empresa identificou os malwares de mineração presentes nos aplicativos como o código de mineração de XMR da Coinhive.

Em janeiro, a empresa de cybersegurança israelense Check Point lançou o Índice Global de Ameaças de dezembro de 2018, afirmando que os três tipos de malware mais procurados eram todos ligados a cryptojacking com Coinhive, que ficou em primeiro lugar pelo 13º mês consecutivo.

Já um relatório recente da empresa de pesquisa de segurança cibernética Kaspersky Labs revelou que o cryptojacking se tornou a maior ameaça de segurança, ultrapassando o ransomware. Não apenas usuários de PC, mas também de smartphone foram afetados por softwares de mineração não autorizados. Entre 2016 e 2018, esse tipo de ataque teve um crescimento de 9.5%.

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