Artigo anterior China quer proibir a mineração de Bitcoin – Como isso influencia o mercado? Próximo artigo Home China quer proibir a mineração de Bitcoin – Como isso influencia o mercado? China quer proibir a mineração de Bitcoin – Como isso influencia o mercado? By Melissa Eggersman - min. de leitura Atualizado 04 junho 2020 A China é uma das maiores potências econômicas do mundo, não é de surpreender que ela tem uma forte influência também no criptomercado. Por um tempo, a China foi a maior “produtora” de Bitcoin do mundo, com a maior concentração de pools de mineração o mundo. Com o tempo e com a pressão governamental, muitas empresas abandonaram o país. Ainda assim, muitos permaneceram por lá aproveitando do incentivo de governos locais. Porém, agora o governo aparenta estar preparado para aumentar ainda mais essa pressão, sugerindo uma proibição total da mineração de bitcoin na China. De acordo com diversas reportagens, incluindo a do New York Times, relatam que o governo Chinês acrescentou a mineração do Bitcoin em uma lista de atividades que eles pretendem “eliminar”. A Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional, a entidade econômica mais importante do governo, acrescentou nessa semana a mineração de criptomoedas em uma lista de 450 industrias que eles querem eliminar. Caso a lista seja aprovada, os governos locais dentro da China serão proibidos de oferecer qualquer subsídio ou apoiar a mineração de criptomoedas. Com a falta desses incentivos, a mineração está virtualmente acabada no país. A Comissão não propôs nenhuma data específica para o suposto fim da mineração de Bitcoin, o que pode sugerir que, se aprovada, o fim seria imediatamente. A lista está aberta até o dia 7 de maio para comentários públicos. Infelizmente, considerando a natureza do governo Chinês, dificilmente a opinião pública será realmente ouvida. Mas independente disso, será que a proibição da mineração de Bitcoin na China tem influências negativas para o criptomercado? Como a proibição da mineração de Bitcoin pode influenciar o mercado À primeira vista, temos a impressão de que essa proibição do governo Chinês pode trazer efeitos negativos para o setor. Porém, muitos acreditam que o criptomercado e a tecnologia de blockchain como um todo vai se beneficiar, caso a lista seja aprovada e os subsídios para mineração cortados. Recentemente, um relatório apontou que das 6 maiores pools de mineração do mundo, 5 eram chinesas, demonstrando sinais de centralização em relação ao rashrate, afinal, muitas dessas 5 pools eram diretamente ou indiretamente ligadas ao Bitmain. Segundo algumas opiniões em relação a tal proibição, a nova ação do governo pode acabar melhorando a descentralização da rede. Yu Mei, ex-executivo da Bitmain, disse ao New York Times que a proibição pode beneficiar a indústria à longo prazo. Yu é dono de mineradoras em Xianjiang e Yunnan. “Isso quer dizer que mais mineradores vão sair do país. Isso será bom para a descentralização das criptomoedas”. Já outros especialistas disseram que o efeito da proibição pode influenciar a estrutura global da rede d uma forma negativa. Matt Hawkins, CEO da Cudo Minder, foi citado pelo The Independent dizendo: “Se as autoridades locais começarem a atacar mineradoras, isso pode ter um impacto substância na infraestrutura global do Bitcoin. As pessoas vivem falando do risco de ataques de 51%, mas o problema em acumular tanto hash centralizado em áreas como a China é que – se as mineradoras forem desligadas- a performance da rede do Bitcoin será prejudicada.” A preocupação de Hawkins é válida, com menos mineradoras, o tempo para confirmação de transações pode aumentar consideravelmente, assim como as taxas. Porém, alguns especialistas dizem que o fim das operações na China não vai diminuir o hashpower do Bitcoin no final das contas, considerando que grandes mineradoras, como a Bitmain e Bitcoin.com, provavelmente vão instalar suas máquinas nos países asiáticos. Além disso, outras das principais mineradoras, como SlushPool e BitFury, já estão fora da China. E o preço do Bitcoin? O preço do Bitcoin também pode ser influenciado por essa proibição, porém, Mati Greenspan, analista sênior da eToro, disse que a movimentação não será necessariamente negativa. If this ban does end up happening its more likely to push BTC prices up than down. The loss of cheap Chinese electricity would raise the mining cost, which is net positive on price. It would also serve to kill the FUD that Bitcoin mining is centralized.https://t.co/OhVh8fUaXv — Mati Greenspan (@MatiGreenspan) April 9, 2019 “Se essa proibição acabar acontecendo, é mais provável que o preço do BTC suba ao invés de cair. A perda da eletricidade chinesa de baixo custo elevaria o custo de mineração, o que seria positivo para o preço da rede. Isso também eliminaria o FUD sobre a centralização do Bitcoin. Já outros especuladores começaram a apontar para o XRP como um possível novo “rei do mercado”. Considerando que a moeda não é minerável e é considerada a mais ecológica entre todas as opções, caso a proibição chinesa seja realizada, o XRP é realmente um grande concorrente a ultrapassar o Ethereum e o BTC como maior moeda do mercado. Claro, isso é especulação por parte de alguns analistas com um sentimento positivo em relação à criptomoeda a Ripple. Por enquanto, nos resta esperar para saber se a proibição será realmente realizada e quais impactos (positivos ou negativos) ela vai trazer para o criptomercado. Veja também: InstaFXCopy: O segredo do sucesso no mercado financeiro bilionário Compartilhe este artigo Categorias Mercados Etiquetas Bitcoin