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Banco Central Europeu monitora as Criptomoedas

Adolph Obasogie

O Banco Central Europeu acompanha de perto as inovações financeiras, com ênfase especial nas moedas digitais, como o Libra do Facebook, devido à sua ameaça ao sistema bancário tradicional.

Mario Draghi, presidente do BCE, indicou que o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), está acompanhando as inovações no setor financeiro, incluindo as criptomoedas como o Libra do Facebook, em clara resposta ao deputado Marcus Ferber.

A implementação de qualquer criptomoeda como um método de pagamento estendido e confiável poderia ameaçar o poder do banco central. Embora as moedas digitais que foram criadas até agora tenham sido muitas, nenhuma ameaçou o monopólio do banco central na criação de moeda.

“Uma vez que grandes empresas de tecnologia ou financeiras podem tirar proveito de suas enormes bases de clientes para alcançar rapidamente uma presença global, é importante que as autoridades estejam vigilantes na avaliação dos riscos e consequências para o sistema financeiro global”, disse Draghi, acrescentando: “Iniciativas de Stablecoin devem garantir a confiança pública, cumprindo os mais altos padrões regulatórios e sujeitos a vigilância e supervisões prudentes.”

O surgimento do Libra do Facebook poder ter um final muito diferente. As poderosas empresas que apoiam essa moeda digital, a suposta aceitação do público e a estabilidade de que desfrutará desde o início poderia tornar a inflação um rival mais difícil para alguns bancos centrais. Se o Libra tiver sucesso, evitar taxas bancárias negativas será praticamente gratuito.

Visto que os bancos centrais tenham atravessado a fronteira das taxas negativas, a lógica que prevaleceu durante décadas parece perder todo o sentido. Às vezes parece que o mundo das finanças está de cabeça para baixo: os depósitos não dão nada, exceto as comissões a serem pagas, os investidores “perdem” dinheiro com contas do Tesouro, os bancos pagam pelo excesso de liquidez, enquanto por vezes recebem dinheiro por pedirem financiamento ao banco central.

Tal é a reviravolta que, se esta situação se mantiver (como parece), os governos poderiam acabar recebendo mais dinheiro pela dívida (graças a taxas negativas) do que pagam juros, tornando a dívida pública um contribuinte líquido do Tesouro e ajudando a aumentar as receitas públicas.

O consenso dos especialistas acredita que Mario Draghi, presidente do BCE, vai usar a reunião desta quinta-feira (01/08) simplesmente para pavimentar o caminho para um corte da taxa em setembro de 10 pontos base.

Desde a última reunião do instituto monetário que a situação econômica na zona do euro enfraqueceu, o próprio BCE reconheceu que o crescimento do PIB no primeiro trimestre foi impulsionado por fatores temporários e que agora é esperada uma nova desaceleração.

 

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