A Descentralização de tudo – cultura e mudança

A Descentralização de tudo – cultura e mudança

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 02 junho 2020

“Mudar é viver”

Introdução

Este post é uma deambulação intelectual sobre o tema da Mudança, sem as restrições de paradigmas científicos e discurso estruturado, para falar sobre o pouco estudado fenômeno da descentralização.

“A Mudança não tem Clientela” – Nicolau Maquiavel

1- Cultura e mudança

O Poder da cultura tem um larga influência que se exerce nos códigos, valores, políticas e padrões no interior das sociedades, instituições, grupos sociais, e indivíduos.

“A cultura segue o poder” – Fareed Zakaria

A cultura tem o novo componente do homem digital que está a ser submergido pela máquina de propaganda dos mídia, usando o vício real de hiperatenção aos dispositivos de tela. A chave para a mudança é a participação de todas as pessoas afetadas por ela, na mudança do mundo ao seu redor.
A sociedade muda pela forma e meios de comunicação de palavras e ideias ( As Re-Evoluções do Mundo pela mutações do uso da Palavra) e como cidadãos em redes digitais como as colmeias habitadas pela humanidade.
Devemos gritar pela independência para sair fora da centralização dos Estados e das suas regras territoriais e jurisdição.
A subordinação é culturalmente condicionada e não é natureza ou um problema genético, e está ligada a experiências pessoais das situações de poder e impotência que vivemos na história da nossa vida.

Aprender, compreender e ter consciência do Poder e das estratégias para usar o nosso, é fundamental para a luta pela sobrevivência, podendo ajudar a resolver as desigualdades sociais dos pobres e excluídos e tornar o mundo um lugar mais justo.
Há dois tipos de mudança, boa ou má, mas muito complexa para conceituar como isso afeta as formas pelas quais os grupos interagem e cooperam, e quão profundamente eles aumentam ou estendem as suas capacidades sociais essenciais, ou falham em alcançar os resultados desejados.
E é importante como o grupo resolve as falhas, aprendendo e aumentando a inteligência coletiva ou reagindo por negação, afetando a colaboração coletiva e as afeições entre as pessoas e a adaptação ao ambiente.
Aprender é nunca mais cometer os mesmos erros.

“Falo de uma mudança que levasse as pessoas a pensar que isto não é bastante para viver como ser humano. Não pode ser. Se nós nos convertemos em pessoas que só se interessam pelos seus próprios interesses, vamos converter-nos em feras contra feras. E aliás é isto o que está a acontecer.” – José Saramago

O desenvolvimento humano baseado na filosofia da descentralização é a base para uma mutação para uma sociedade mais igualitária, com a economia da informação em rede para trazer de volta os valores do bem-estar humano, criatividade, desenvolvimento e escolhas informadas de nossos destinos.

Temos uma oportunidade única de mudar a maneira como usamos, criamos e trocamos informações, conhecimento e inteligência coletiva, construindo uma nova cultura de conexão global, com produção p2p e cooperação.
Os governos controlam os princípios e valores que moldam as regras do jogo, decidindo as reformas e processos políticos usando seu poder para controlar informações, excluindo aqueles que não têm voz, e capacidade limitada para mudar a realidade percebida.

No ciberespaço cada vez mais indivíduos autônomos e comunidades estão a assumir uma maior auto-capacitação e participação no nível pessoal na determinação do sistema econômico e político, gerado mais de dentro e não de regulamentações centralizadas externas.

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A resistência civil é o motor real da mudança social.
As pessoas gostam de ser governadas pelo poder?.
Ou estão cientes de sua pequena influência e sentem que não têm nada a dizer?
Ou são condicionadas a curvarem-se e têm medo de desafiar o poder?

2 – O blockchain é uma mudança no paradigma da mudança?

Os ciber-cidadãos têm que usar o blockchain como um refúgio para evitar a decadência e obsolescência dos poderes do estado centralizado.
Os elementos do paradigma da complexidade são ordem e desordem, e a melhor maneira de lidar com a mudança, como se vê na biologia e em termos sociais, parece ser a auto-organização em sistemas descentralizados partilhados.
O novo paradigma tecnológico blockchain e o conceito de descentralização, desafiam e mudarão a maneira como vemos, trabalhamos e vivemos na economia global, política, educação, media, distribuição de riqueza e sustentabilidade dos recursos escassos e finitos do planeta.

“Blocknet” transcende os territórios físicos dos países e os modelos de estado que centralizam as regras, mas o Poder quer legislar e taxar, o que foi criado para ser desregulamentado, descentralizado e com transações gratuitas, com as comunidades dirigindo o código como Lei, em plataformas de propriedade coletiva e baseadas em consenso tecnológico e social.

Blockchain é a Cidade Global da descentralização, baseada em plataformas de transferência gratuitas de valor, com propriedade pública, como uma federação de uma miríade de “Ashrams” autônomos locais (o nome dado por Gandhi a “Comunidade” que na Índia significa também “Cidade” e “Mundo”).

“Um sistema descentralizado federado de associações livres, incorporando instituições econômicas e sociais, o que eu chamo de anarco-sindicalismo, e parece-me ser a forma apropriada de organização social, para uma sociedade tecnológica avançada, na qual os seres humanos não têm de ser forçados a uma posição de ferramentas, de engrenagens na máquina” – Noam Chomsky

Indivíduos e comunidades na infra-estrutura descentralizada do ciberespaço, estão a assumir mais poder próprio na determinação do sistema econômico e político, aumentando a participação para favorecer a mudança e a criatividade.

A rede “Blocknet” pode ser a colmeia onipresente e perpétua de comunicação da memória coletiva, da inteligência social global e do uso e produção de conhecimento aberto para uma positiva.”Ascensão da Humanidade”(livro de Charles Eisenstein).
A Mudança no paradigma atual dos sistemas controlados e centralizados é possível, pelo conceito de uma sociedade descentralizada em relação à Autoridade (descentralização), Conhecimento (partilha) e Organização (cooperação e atenção)

De

Para

Centralização Descentralização
Autoritário Democracia direta
Paternalista Não paternalista
Conservadorismo Liberalismo
Economia do trabalho Atenção e Economia Partilhada
Governo Governança
Estagnação Evolucionismo
Burocracia participativa como democracia Confiança Social Partilhada
Grandes grupos ou países Comunidades Pequenas
Escassez Abundância
Conhecimento Analógico Conhecimento Digital
Pirâmide Rede P2P
Regulamentação Central Auto-regulação
Países Comunidades Autônomas Cibernéticas
Consenso da maioria Consenso Social e Técnico
Padrões e Normalização Diversidade e Criatividade
Grande é falha Pequeno é lindo

3 – Agentes de Mudança para a sociedade descentralizada

Os líderes da cultura mecanicista centralizada que querem sobreviver na nova Era da Globalização descentralizada precisam de começar a pensar como agentes de mudança e romper com concepções antiquadas da cultura organizacional hierarquizada.

Não precisamos de uma falsa globalização com poder e riqueza centralizados e concentrados nas corporações multinacionais, manipulando e corrompendo os governantes.
O papel dos novos Agentes de Mudança para a descentralização será ajudar as comunidades descentralizadas, explorar seus objetivos comuns, ajudar a superar obstáculos, criar novos valores, atitudes e comportamentos através dos processos de identificação, participação e internalização de todas os membros das comunidades.

Muitos ativistas, entusiastas, ativistas e evangelistas atuais da blockchain são ótimos exemplos de individualistas horizontais que são grandes Agentes de Mudança para uma sociedade descentralizada.
A mudança social tem muitas origens, mas foca-se nos traços individuais inseridos em grupos sociais como fenômenos de geração de fins disruptivos ou construtivos, ou seja o caos ou o equilíbrio.
As relações sociais estão passando por novas mutações de fragmentação social, exclusão social e econômica, práticas de violência de massificação e individualização no mundo centralizado, enquanto no blockchain há novos processos de integração comunitária resultantes da descentralização e desterritorialização no ciberespaço.

O Consenso Social é incompatível com estruturas centralizadas. Os problemas sociais reais não podem ser resolvidos com autoridade despótica centralizada, regulamentos e agrupamento de poder.
Consenso (consentimento) só é possível quando, todos os membros estão envolvidos na construção de soluções para a comunidade, são informados com feedback contínuo adequado, e todos sabem os riscos de tomar as formas coletivas de ação e decisão.
Um consenso é um acordo geral sobre uma proposta para agir e mudar o destino de todos os membros de uma comunidade.

A manipulação da discussão de soluções coletivas, por pessoas ou grupos de interesse próprio que lutam pelo uso do poder, não pode ser chamada consenso, mas uma imposição de uma estrutura hierárquica.
O próximo post da série sobre mudança será mais centrado nos aspectos interdisciplinares e nos mecanismos comuns das ciências, indo da biologia à psicologia e à sociologia para estudar esse fenômeno.

(charlie777pt)
Fonte: https://steemit.com/psychology/@charlie777pt/mudanca-e-cultura-descentralizar-tudo

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