O que são criptomoedas? São moedas digitais que utilizam a criptografia para proteger seus dados, criar novas unidades e confirmar suas transações, através de cálculos realizados por computadores robustos interligados (nodes ou nós) em rede blockchain de forma descentralizada. O exemplo de criptomoeda mais conhecido é o Bitcoin (BTC).
As criptomoedas já representam a atual revolução do mercado financeiro. Por isso, é importante estar à frente da maioria, tendo conhecimento dos principais fatores que influenciam esse setor, para que possa realizar investimentos bem-sucedidos.
Preparamos aqui para você um guia completo para explicar: ✓ Como funcionam as criptomoedas ✓ Os fatores que afetam os preços das criptomoedas ✓ Como comprar criptomoedas
Existem hoje mais de 1.600 tipos diferentes de criptomoedas disponíveis no mercado, sendo novas moedas digitais criadas a cada dia. A criptomoeda tem como principal característica sua descentralização. Isto é, o processamento e a verificação das transações são realizados de forma coletiva na rede, sem a necessidade de uma autoridade central para supervisioná-los. O que significa também que o mercado é influenciado basicamente pela lei de oferta e procura, tornando um setor altamente volátil e de alto risco financeiro.
Para simplificar o que são criptomoedas, elas consistem em entradas registradas em um banco de dados, onde só podem ser alteradas mediante condições específicas.
Já existem mais de 1.600 criptomoedas diferentes no mercado. Provavelmente esteja se perguntando quais são as melhores criptomoedas para investir.
Abaixo a lista das criptomoedas mais valorizadas selecionadas por nossos especialistas:
Bitcoin (BTC): A primeira e a mais estabelecida criptomoeda do mercado. Novos altcoins prometem destronar o Bitcoin, com suas tecnologias mais avançadas. Mas, por enquanto, Bitcoin ainda é o Rei das Criptomoedas, a moeda mais utilizada hoje como meio global de pagamento.
Ethereum (ETH): Destaca-se por não apenas processar transações, mas também permitir aos desenvolvedores criar e implantar aplicativos descentralizados (dApps) e contratos inteligentes (smart contracts). É a preferida das Ofertas Iniciais de Moedas (ICOs) para o lançamento de seus novos projetos.
Tether (USDT): Também conhecido como ‘moeda estável’, seu valor sempre será equiparado ao dólar. Sua grande vantagem é apresentar a estabilidade do preço do dólar, sem perder as características de uma criptomoeda.
Bitcoin Cash (BCH): Derivado de dois forks do Bitcoin, o Bitcoin Cash detém um bloco 32 vezes maior do que o Bitcoin original, permitindo assim maior volume de transações, menor tempo e menor custo.
Ripple (XRP): Ripple não detém uma rede blockchain, mas sim sua própria rede patenteada Ripple Protocol Algorithm (RPCA). Ripple é conhecida por ser também uma plataforma para pagamento digital. Através de XRP, é possível realizar pagamentos em qualquer moeda, inclusive Bitcoin, por um baixíssimo custo nas transações.
Dash (DASH): Resultado da junção das palavras Digital Cash, Dash também é derivada de um fork do Bitcoin, assim como BCH. No entanto, DASH dispõe da ferramenta PrivateSend, que permite tornar anônimas as transações realizadas por seus usuários. Ao misturar múltiplas transações em uma só, não é possível identificar quem recebeu DASH e muito menos a quantia enviada.
Litecoin (LTC): Um dos primeiros altcoins criados logo após Bitcoin, Litecoin realiza transações mais rápidas do que BTC, através de um novo algoritmo de mineração, facilitando a criação de novas criptomoedas, como Dogecoin (DOGE) e Feathercoin (FTC).
Ethereum Classic (ETC): Criada a partir de uma divisão de Ethereum, após ter ocorrido uma invasão de um hacker em 2016, quando $50 milhões USD equivalente em ETH foram roubados. Com a divisão, as criptomoedas roubadas retornaram aos seus proprietários originais. E a nova criptomoeda após a separação foi denominada Ethereum, e a anterior à divisão, Ethereum Classic, sendo ambas plataformas para o desenvolvimento de contratos inteligentes e dApps, com importantes diferenças.
Cardano (ADA): Representa a terceira geração das criptomoedas, sendo o primeiro altcoin a ter sua estrutura revisada por professores e cientistas. Cardano oferece uma plataforma para o desenvolvimento de contratos inteligentes, assim como Ethereum. No entanto, ADA promete uma melhor performance ao utilizar o Proof of Stake protocolo em suas transações.
IOTA (MIOTA): Diferentemente das outras criptomoedas, IOTA consiste em uma rede distribuída em Decentralized Acyclic Graph (DAG) ao invés de blockchain. Sua principal função é gravar e executar transações entre equipamentos através do ecossistema Internet das Coisas (IoT). Para isso, IOTA detém sua própria criptomoeda, MIOTA, como meio de pagamento para a utilização da rede IOTA.
Stellar Lumens (XLM): Stellar é um network baseado em um registro distribuído em rede blockchain, tendo sua própria criptomoeda Lumens (XLM). Sua principal função é conectar bancos, sistemas de pagamentos e seus usuários por um baixo custo.
EOS (EOS): Além de ser uma criptomoeda, trata-se de um sistema operacional baseado em blockchain voltado para criar, hospedar e suportar dApps. Em comparação aos demais Apps baseados na Internet, EOS oferece maior escalabilidade, maior número de transações simultâneas e menor custo, utilizando o protocol Proof of Stake para a atualização do sistema EOS.
NEO (NEO): Seu nome é originário do grego, que significa novo, moderno. Conhecido também como ‘Ethereum Chinês’, NEO atua também como uma plataforma para desenvolvimento de aplicativos e smart contracts, assim como Ethereum. Mas, os desenvolvedores de NEO afirmam ter aprendido com os erros de ETH, oferecendo uma plataforma de qualidade superior à Ethereum.
Sabe-se que o Bitcoin (BTC) foi a primeira moeda digital lançada no mercado em 2009, como dinheiro eletrônico. Foi criado por Satoshi Nakamoto (pseudônimo de uma pessoa ou um grupo até hoje não identificado). O Bitcoin foi responsável em abrir caminho para a criação das demais criptomoedas existentes hoje no mercado, denominadas altcoins.
Mas, o que poucos têm conhecimento é que antes do Bitcoin, diversas tentativas foram feitas para criar uma moeda digital segura e que não pudesse ser duplicada, entre elas B-Money e Bit Gold. O principal desafio em relação às moedas digitais sempre foi resolver o problema do gasto duplo (double spending).
Trata-se do risco de uma moeda digital ser utilizada duas vezes (double spending). Este problema é exclusivo às moedas digitais, pois podem ser facilmente reproduzidas. O detentor da moeda digital pode copiar e enviar a mesma moeda para mais de um recipiente.
Já as moedas físicas são mais difíceis de serem replicadas, por serem emitidas e administradas por um Banco Central.
No entanto, Satoshi, ao criar o Bitcoin, uniu tecnologias de criptografia, ponto a ponto (peer to peer ou P2P), e protocolo de consenso, conseguindo o envio seguro de informações de forma descentralizada em rede blockchain, impossibilitando a cópia da moeda digital.
Na verdade, a grande novidade tecnológica das criptomoedas está em sua rede em blockchain, pois criptografia e peer-to-peer são tecnologias que foram desenvolvidas muito antes do surgimento do Bitcoin.
As primeiras mensagens criptografadas datam de 1.900 BC no Egito. Mas, atualmente a criptografia moderna, utilizada pelas criptomoedas, está baseada na teoria da matemática e na ciência da computação, que visam solucionar complexos algoritmos criptográficos.
A tecnologia P2P passou a ser mais conhecida a partir de 1999, com o lançamento do Napster, com seu sistema de compartilhamento coletivo. Basicamente, trata-se de uma rede formada por dois ou mais computadores conectados, que compartilham dados sem passarem por um servidor central.
Blockchain: Rede global interligada por nós
A blockchain (rede de blocos) consiste em um registro digital coletivo, impossível de ser corrompido ou adulterado. Nela, podem ser registradas não só transações financeiras, mas também qualquer outra informação valiosa.
Um sistema transparente
As informações em rede blockchain não estão armazenadas em um servidor central, que pode ser atacado por hackers, mas hospedadas simultaneamente em milhões de computadores, sendo as transações visíveis a todos.
Após a transação ter sido assinada por seu remetente, por meio de sua chave privada, ela é enviada ao seu destinatário através da rede blockchain, que interliga os computadores (nós), em P2P, administrados por ‘mineradores’.
Estes, por meio da mineração (cálculo matemático realizado por computadores caros e robustos), tendo como protocolo de consenso Proof of Work (PoW), irão decodificar as informações criptografadas inseridas no bloco Bitcoin.
O primeiro minerador que conseguir calcular o algoritmo hash propaga o novo bloco na rede, que será também verificado e propagado pelos outros ‘nós’ da rede. E o destinatário recebe a primeira de várias confirmações. Uma vez confirmada, a transação torna-se irreversível, e o primeiro minerador que resolveu o cálculo matemático recebe como recompensa novos BTC, além das taxas de transação.
É importante que o destinatário aguarde pelo menos 6 confirmações antes de aceitar definitivamente o Bitcoin, a fim de se prevenir quanto à duplicação.
Por exemplo, se o cliente copiou e utilizou duas vezes a mesma moeda, ambas as transações irão para um conjunto de transações não confirmadas. A transação que for verificada primeiro e receber 6 confirmações é a que deve ser aceita, a outra será automaticamente descartada pelo sistema.
Uma vez que Satoshi resolveu o principal problema de double spending das moedas digitais, muitas outras criptomoedas passaram a ser desenvolvidas, utilizando diferentes mecanismos de consenso, como Proof of Stake (PoS), Proof of Burn, etc. além de apresentarem muitas outras funcionalidades além de dinheiro eletrônico. E tudo indica que a revolução está só começando.
Apesar de o Bitcoin ter sido criado em 2009, até 2010 ele só havia sido ‘minerado’, e nunca negociado. Até que um investidor resolveu trocar seus 10 mil Bitcoins por duas pizzas. Caso ele tivesse guardado seus Bitcoins, hoje teria uma fortuna avaliada em cerca de $100 milhões USD!
Em meio à alta volatilidade característica do mercado das criptomoedas, o valor de mercado de BTC só tem crescido ao longo dos anos. BTC alcançou seu recorde de preço em 2017, com um crescimento de 700%, sendo negociado por mais de $8 mil USD cada Bitcoin. Isto impulsionou também o crescimento dos altcoins e do mercado de criptomoedas em geral.
Hoje, há muitas coisas que podem ser compradas com BTC. É possível viajar ao redor do mundo, através de sites que aceitam Bitcoin como forma de pagamento para reservar vôos e hotéis ou alugar carros. Você pode até alugar uma casa com Bitcoins através de alguns sites. Há ainda a opção de viajar para o espaço ou comprar artigos de luxo, como joias, obras de arte e até uma Lamborghini com Bitcoins.
A princípio, pode parecer um tanto complicado investir em criptomoedas, principalmente aos novos investidores. Mas nossos especialistas avaliaram diferentes exchanges e corretoras de criptomoeadas, e recomendam aqui os melhores lugares para se comprar moedas digitais.
Nas exchanges compra-se e vende-se uma grande variedade criptomoedas diretamente de seus usuários, sendo possível utilizar variadas formas de pagamento. No entanto, as exchanges são recomendadas para investidores mais experientes, porque além de não serem regulamentadas por nenhum órgão financeiro, são plataformas bem mais complexas, e é preciso que o usuário tenha uma carteira online para armazenar suas moedas digitais.
Mas, para o novo investidor, especialistas sugerem as corretoras. Além de serem regulamentadas, e oferecerem maior segurança, suas plataformas são bem mais simples. Oferecem também o sistema de Contratos por Diferença (CFDs), que permite o investidor ganhar sobre a diferença de preços da moeda estabelecida em contrato, sem precisar adquiri-la.
Para comprar Bitcoin no Brasil e demais criptomoedas, especialistas recomendam corretoras como a eToro, plataforma social líder, onde seus usuários podem se socializar trocando dicas de investimentos. Além disso, eToro dispensa o uso de wallets, tudo é armazenado em sua plataforma, e ainda aceita PayPal como pagamento seguro. Temos mais detalhes na nossa review completa da eToro.
Esperamos que através deste guia, possamos ter esclarecido, em linhas gerais, o que é criptomoeda e como funciona esse mercado. Agora que você já conhece as melhores corretoras para comprar suas primeiras moedas digitais, está esperando o quê para participar também deste mercado?