Venezuela estuda usar Bitcoins para transações de petróleo

Venezuela estuda usar Bitcoins para transações de petróleo

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

De acordo com a Bloomberg, o Banco Central da Venezuela está examinando se pode receber e transferir criptomoedas. 

A investigação do banco segue as notícias de que a estatal Petroleos de Venezuela SA (PSDV), está realizando testes para transferir Bitcoin e Etherum para o banco central e pagar seus fornecedores com moeda digital.

As informações são de quatro pessoas com envolvimento direto com as pesquisas.

Fontes disseram que o banco central está estudando planos que permitem que as criptomoedas sejam registradas como reservas internacionais.

As reservas financeiras do país continuam diminuindo enquanto as sanções dos EUA apertam a stiaução financeira ao redor do governo do presidente Nicolás Maduro.

Sanções econômicas tiraram a Venezuela do sistema financeiro global, induzindo um dos piores colapsos financeiros de todos os tempos.

Novas rodadas de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA visaram 4 quatro entidades e quatro navios no início desta semana, atacando o transporte de petróleo venezuelano para Cuba.

Desde que os EUA impuseram sanções ao PSDV, o presidente Maduro tentou lançar a Petro, uma criptomoeda emitida pelo governo da Venezuela e apoiada pelas reservas de petróleo e minerais do país.

Os esforços para lançar a moeda falharam completamente nos últimos anos. Mesmo com o governo obrigando a aceitação da moeda dentro do próprio país.

Ainda não é completamente claro como o PSDV adquiriu Bitcoin, Ethereum e/ou outros ativos digitais, ou o valor total de suas participações, mas certamente é suficiente para que a empresa de petróleo queira usá-lo para transações significativas de commodities.

Em agosto, o PSDV recebeu um pagamento de petróleo em yuan chinês depois que seu cliente teve problemas em encontrar uma instituição financeira credível para facilitar uma transação.

Fontes disseram à Bloomberg que, uma vez que a PDVSA é fortemente sancionada pelos EUA, a entidade prefere que o banco central armazene os ativos digitais e pague seus fornecedores com as criptos quando necessário.

“A PDVSA pode hesitar em vender suas criptomoedas no mercado aberto, porque exigiria que a empresa se registrasse em uma corretora e se sujeitas à devida diligência. Em vez disso, a companha quer que o banco central, que os funcionários da companhia petrolífera acreditam estar menos exposto a possíveis bloqueios, use a criptomoeda para pagar às entidades às quais a PDVSA deve dinheiro.”

E como os EUA cortaram a Venezuela do sistema bancário global e sancionaram sua economia, Maduro pode não ter outra escolha senão gravitar não apenas criptos para transações de petróleo, mas adotar o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras, um sistema de pagamento alternativo ao SWIFT, que é gerenciado pelos russos.

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