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Uma concorrente de peso para a stablecoin do Facebook

dezembro 13, 2019 Por Adolph Obasogie

A empresa britânica Saga pretende concorrer com o Facebook e lançar uma criptomoeda global que agrade aos reguladores. A empresa conta com um conselho consultivo pesado com economistas renomados como Myron Scholes, vencedor do Prêmio Nobel pelo famoso modelo de avaliação de derivativos Black-Scholes. Outro nome importante do conselho é o ex-governador do Banco de Israel e presidente do JPMorgan Chase International, Jacob Frenkel.

Na terça-feria (10) a empresa lançou o token saga (SGA) que veio com o fundamento parecido com o Libra do Facebook. O token é vinculado a uma cesta de moedas para manter sua estabilidade. Algo que diferencia os dois projetos é que o SGA se baseia no valor da moeda.

A Saga não criou uma cesta de ativos como o Libra promete fazer. Ao invés disso ela atrela o valor do token a depósitos bancários no mesmo grupo de moedas que formam os direitos de saque especiais (SDR) do Fundo Monetário Internacional.

“Isso funciona como um mecanismo de estabilização para reduzir a volatilidade”, disse Saga ao explicar a lógica da vinculação ao SDR.

Em um comunicado à imprensa, a empresa enfatizou que seu token difere das demais criptomoedas em blockchain, pois não sofre com volatilidade. Ainda acrescentou que seria útil como um ativo mais estável para armazenamento de valor e troca de fronteiras.

Os valores atrelados ao token Saga, por estarem vinculados ao SDR, são oriundos principalmente do dólar americano, como também euro, yuan chinês, iene japonês e da libra esterlina. Os tokens estarão disponíveis para compra no próprio site da Saga e serão listados na plataforma de negociação secundária da exchange Liquid.

“A Saga foi projetada com a economia global em mente e para superar o desafio de comprar globalmente, além de ser capaz de pagar nacionalmente. A Saga desenvolveu um sistema que significa que uma moeda verdadeiramente global pode surgir — longe das tensões nacionais ou políticas”, disse a exchange Liquid.

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Outro ponto que difere os projetos é o fato de a Saga não lucrar com o token como ocorrerá com a gigante das mídias sociais. O Facebook fornecerá uma carteira digital própria para que os usuários armazenem e façam suas trocas. Já a Saga atua apenas como uma emissora do token.

“Ao contrário de outros jogadores, não queremos ser o emissor, a camada de pagamentos e o custodiante. Estamos nos concentrando na parte monetária, na emissão de uma moeda sólida para uso global, e cada vez mais estabeleceremos parcerias com domínios de custódia e de pagamentos”, disse o fundador da Saga, Ido Sadeh Man, à CNBC em entrevista.

A empresa ainda afirmou que trabalhará com contratos inteligentes para ajustar o fornecimento dos tokens. Assim poderá “atender a demanda do mercado e limitar o impacto das flutuações na confiança do mercado no preço da SGA”.

Enquanto o Facebook luta para garantir o apoio de governos para lançar sua stablecoin, outras empresas, e até outros países, já estão em sua frente. A Saga não e tão conhecida como a rede social de Mark Zuckerberg, mas conseguiu sair na frente no lançamento do token. O que mostra que esse mercado não para de evoluir e tem pressa em suas melhorias.

“A tecnologia não é suficiente. O design de uma moeda exige um esforço amplo e interdisciplinar. Enquanto a tecnologia fornece as ferramentas, a essência reside em uma sólida política monetária. A Saga reuniu uma equipe de líderes mundiais, combinando conhecimentos de várias áreas: economia, matemática, ciências humanas e sociais, para estabelecer a nova moeda”, disse Sadeh Man ao TechCrunch.

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