Que tal gastar uns Bitcoins no Caribe? Indústria do Turismo da região agora aceita Criptomoedas como pagamento

Que tal gastar uns Bitcoins no Caribe? Indústria do Turismo da região agora aceita Criptomoedas como pagamento

By Benson Toti - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

Tentando tratar adequadamente das questões econômicas e financeiras, os governos e empresas do Caribe estão cada vez mais voltados para criptomoedas como o Bitcoin. A região tem experimentado um crescimento lento e altas taxas de endividamento por algum tempo. Nos últimos anos, grandes bancos dos EUA retiraram capital dos mercados caribenhos. Suas políticas de “redução do risco” criaram um déficit de serviços bancários. Bancos e autoridades locais têm sido acusados ​​de ajudar as práticas de lavagem de dinheiro e estão lidando com o acesso restrito às reservas cambiais. Tudo isso afetou as economias caribenhas, que dependem fortemente do turismo e do comércio internacional.

A Organização de Turismo do Caribe tornou-se a mais recente instituição regional a adotar criptomoedas, informaram fontes locais de notícias. A CTO chegou a um acordo com a Bitt Inc., empresa sediada em Barbados, para facilitar “a implementação de processos de pagamento mais eficientes para produtos e serviços turísticos”, anunciaram autoridades. Um memorando de entendimento foi assinado para ajudar a “promover uma participação econômica mais ampla no turismo comunitário e setores relacionados” através do uso de criptomoedas. Os parceiros pretendem implementar produtos e serviços de pagamento digital “eficientes e econômicos” no setor mais importante da região.

Bancarizando os “desbancarizados” e financiando os subfinanciados

Criptomoedas oferecem às nações caribenhas a oportunidade de aumentar a disponibilidade de serviços financeiros. Uma grande parte da população local não tem acesso básico ao setor bancário. De acordo com um relatório do Banco Mundial de 2015, cerca de 50% dos moradores do Caribe não têm sequer uma conta bancária.

Os criptos também podem ajudar as empresas caribenhas que sofrem de restrições dos EUA com acesso a reservas cambiais baseadas em dólar. As maiores economias da região, como Jamaica e Barbados, dependem da importação / exportação de bens e serviços e precisam financiar essas operações. As criptomoedas podem ser usadas no comércio internacional e regional e ajudarão a reduzir os custos de câmbio. Autoridades e empresas acreditam que os pagamentos de criptomoedas também podem aumentar os lucros, enquanto diminuem os custos do consumidor.

Nações caribenhas estão tomando medidas para adoção de criptomoedas em várias outras frentes. No início deste ano, o Banco Central do Caribe Oriental (ECCB, na sigla em inglês) anunciou a emissão de uma nova criptomoeda, chamada Digital Eastern Caribbean Dollar (DXCD). Oito governos e economias estão por trás do banco e do projeto de criptomoeda. “A decisão de nos aproximarmos de uma sociedade sem dinheiro está em consonância com a nossa estratégia global de desenvolvimento, e também com a da CEPB”, disse Donaldson Romeo, primeiro-ministro de Montserrat, ao Gleaner em fevereiro.

Fonte: Bitcoin.com