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Presidente da Infosys insta a Índia a adotar criptomoedas como classe de ativos

Alice Leetham

Imagem do Bitcoin no mapa

Nandan Nilekani acredita que a aceitação da criptomoeda como mercadoria seria benéfica para a economia indiana.

O empresário indiano Nandan Nilekani instou seu país a adotar as criptomoedas como uma classe de ativos, na crença de que permitiria que “os estimadores do cripto colocassem sua riqueza na economia da Índia“.

Nilekani é co-fundador e presidente não executivo da Infosys, uma firma de consultoria empresarial e serviços de TI que pretende oferecer a seus clientes multinacionais uma variedade de ferramentas digitais através de sua adoção da tecnologia blockchain. No último ano, a Infosys garantiu acordos com a Vanguard e a Daimler.

O destino das criptomoedas e seus detentores na Índia ainda é um pouco incerto. Em abril de 2018, o Reserve Bank of India (RBI) anunciou a proibição de vendas e compras de criptomoedas por preocupações com lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

A proibição foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal em março de 2020. No entanto, outra proibição foi proposta no início deste ano, o que tornaria a posse, negociação, transferência, emissão e mineração de ativos digitais um crime.

Isso pode ser um duro golpe para o crescente setor cripto da Índia, que inclui Matic Network, InstaDapp e as exchanges WazirX e CoinDCX. A proibição também não seria bem-vinda para o crescente número de investidores cripto do país, que são estimados em 8 milhões e possuem ativos digitais no valor de 100 bilhões de rúpias ($1,4 bilhão).

As empresas indianas foram orientadas a divulgar suas participações cripto, depósitos, adiantamentos e lucros e perdas totais, mas uma proibição total ainda está em discussão. Enquanto isso, porém, espera-se que o RBI trabalhe em sua própria moeda digital.

Apesar de que Nilekani acredite que a Interface de Pagamentos Unificados da Índia seja um meio de pagamento mais eficaz do que criptomoedas voláteis e intensivas em energia, ele sugeriu que a criptmoeda deve ser vista como uma mercadoria – como um ativo a ser comprado e vendido.

Em entrevista ao Financial Times, ele explicou: “Assim como você tem alguns de seus ativos em ouro ou imóveis, você pode ter alguns de seus ativos em cripto. Acho que há um papel para a criptomoeda como um valor armazenado, mas certamente não num sentido transacional.”

Em 2019, Nilekani presidiu um comitê do Banco Central sobre pagamentos digitais e trabalha com autoridades indianas há algum tempo para criar políticas digitais, como o sistema de identidade biométrica, Aadhaar. Nilekani acredita que o acesso ao mercado de criptomoedas de $1,5 trilhão seria, em última análise, benéfico para a Índia.

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