Policia Federal do Brasil prende quadrilha que usava Bitcoin no tráfico internacional de drogas

Policia Federal do Brasil prende quadrilha que usava Bitcoin no tráfico internacional de drogas

By Ruchi Gupta - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

Não, não é a operação Lava jato, não tem nada a ver com o PT e muito menos foi Sérgio Moro o responsável pela prisão de 12 pessoas ligadas a uma quadrilha que usava bitcoin para lavar “milhões de dólares” provenientes do tráfico internacional de drogas em países da Europa, Ásia e África.

De acordo com a Folha de S.Paulo, as investigações da Polícia Federal em parceria com a Receita Federal duraram aproximadamente um ano, descobriu que a quadrilha enviava drogas através de contêiners transportados em navios de carga, a operação chamada “Antigoon” teve a participação de mais de 100 policiais federais , que cumpriram 15 mandados de prisão e 21 mandados de busca em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Durante toda a investigação os policiais conseguiram apreender 4 toneladas de drogas e identificar os locais de destinos dos contêiners que saiam de portos brasileiros, as drogas apreendidas, vieram da Colômbia e da Bolívia e saiam dos portos do Rio de janeiro, Vitória, Santos, Salvador e Suape. 

Também foram realizadas apreensões em portos da Europa, Antuerpia na Bélgica, Gioia Tauro na Itália e Valência na Espanha, também participaram agentes da Interpol. O Brasil foi o país onde os chefes da quadrilha, gerenciavam todo o comércio internacional de drogas, segundo o delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Thomé, “a quadrilha recebeu parte dos pagamentos em bitcoins e outras criptomoedas para tentar dificultar o rastreamento e evitar que a polícia pudesse suspeitar das grandes remessas de dinheiro que eram enviadas do exterior para o Brasil. Disse o delegado.

Segundo os investigadores, a quadrilha criou empresas fantasmas para facilitar o envio das drogas e em algumas situações com a ajuda de funcionários dos portos utilizavam contêineres de outras empresas sem que elas soubessem. A Polícia Federal se recusou a revelar quanto de dinheiro foi movimentado pela quadrilha. Entre os  presos estavam empresários, funcionários do porto e até caminhoneiros.

O nome da operação Antigoon recebeu esse nome como uma referência a uma lenda sobre a origem do nome da cidade da Antuerpia, um dos principais destinos das drogas na Europa. De acordo com a lenda, um gigante chamado Antigoon que exigia pagamento para quem quisesse atravessar uma ponte que ficava no centro da cidade, aqueles que não pagassem o gigante cortava a mão. O gigante foi morto por um jovem chamado Brabo, que cortou a mão do gigante e a jogou no rio. Daí surgiu o nome Antwerpen, do holandes hand (mão) e werpen (arremessar).