Policia Federal do Brasil prende quadrilha que usava Bitcoin no tráfico internacional de drogas

Policia Federal do Brasil prende quadrilha que usava Bitcoin no tráfico internacional de drogas

Não, não é a operação Lava jato, não tem nada a ver com o PT e muito menos foi Sérgio Moro o responsável pela prisão de 12 pessoas ligadas a uma quadrilha que usava bitcoin para lavar “milhões de dólares” provenientes do tráfico internacional de drogas em países da Europa, Ásia e África.

De acordo com a Folha de S.Paulo, as investigações da Polícia Federal em parceria com a Receita Federal duraram aproximadamente um ano, descobriu que a quadrilha enviava drogas através de contêiners transportados em navios de carga, a operação chamada “Antigoon” teve a participação de mais de 100 policiais federais , que cumpriram 15 mandados de prisão e 21 mandados de busca em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Durante toda a investigação os policiais conseguiram apreender 4 toneladas de drogas e identificar os locais de destinos dos contêiners que saiam de portos brasileiros, as drogas apreendidas, vieram da Colômbia e da Bolívia e saiam dos portos do Rio de janeiro, Vitória, Santos, Salvador e Suape. 

Também foram realizadas apreensões em portos da Europa, Antuerpia na Bélgica, Gioia Tauro na Itália e Valência na Espanha, também participaram agentes da Interpol. O Brasil foi o país onde os chefes da quadrilha, gerenciavam todo o comércio internacional de drogas, segundo o delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Thomé, “a quadrilha recebeu parte dos pagamentos em bitcoins e outras criptomoedas para tentar dificultar o rastreamento e evitar que a polícia pudesse suspeitar das grandes remessas de dinheiro que eram enviadas do exterior para o Brasil. Disse o delegado.

Segundo os investigadores, a quadrilha criou empresas fantasmas para facilitar o envio das drogas e em algumas situações com a ajuda de funcionários dos portos utilizavam contêineres de outras empresas sem que elas soubessem. A Polícia Federal se recusou a revelar quanto de dinheiro foi movimentado pela quadrilha. Entre os  presos estavam empresários, funcionários do porto e até caminhoneiros.

O nome da operação Antigoon recebeu esse nome como uma referência a uma lenda sobre a origem do nome da cidade da Antuerpia, um dos principais destinos das drogas na Europa. De acordo com a lenda, um gigante chamado Antigoon que exigia pagamento para quem quisesse atravessar uma ponte que ficava no centro da cidade, aqueles que não pagassem o gigante cortava a mão. O gigante foi morto por um jovem chamado Brabo, que cortou a mão do gigante e a jogou no rio. Daí surgiu o nome Antwerpen, do holandes hand (mão) e werpen (arremessar).