Artigo anterior Polícia dinamarquesa é a primeira no mundo a caçar criminosos utilizando Bitcoin Próximo artigo Home Polícia dinamarquesa é a primeira no mundo a caçar criminosos utilizando Bitcoin Polícia dinamarquesa é a primeira no mundo a caçar criminosos utilizando Bitcoin By Benson Toti - min. de leitura Atualizado 04 junho 2020 É difícil ser um criminoso. Técnicas de vigilância e ciência forense estão constantemente sendo melhoradas e as pessoas estão trabalhando o tempo inteiro para destruir o seu sustento. É por isso que muitos criminosos em todo o mundo provavelmente comemoraram quando o bitcoin foi lançado em 2009. Com a moeda dita “irrastreável” da Internet, os bandidos poderiam finalmente apreciar o anonimato do dinheiro sem arriscar ser encontrado no mundo físico. Essa “criminosa visão idílica” poderia ter sido o futuro, se não fosse pelos policiais dinamarqueses. Parece improvável que o bitcoin seja o futuro do crime depois que Berlingske informou que a polícia dinamarquesa derrubou traficantes de drogas, rastreando transações bitcoin. Em janeiro deste ano, os tribunais da cidade dinamarquesa de Herning, encontraram o réu em um caso de narcóticos culpado e o condenaram a oito anos de prisão devido a transações de bitcoin rastreadas. Este é o segundo caso na Dinamarca, onde a evidência de rastreamento de bitcoin tem desempenhado um papel importante no julgamento. A Dinamarca está liderando no combate a Cibercriminalidade Kim Aarenstrup, chefe do Centro Nacional de Cibercriminalidade da Dinamarca (NC3), disse em entrevista a Berlingske que essas duas convicções demonstram que a Dinamarca está liderando o “cyberpolicismo” e que essa nova tecnologia é um marco importante para o trabalho da polícia. “Somos únicos no mundo, neste momento, porque ninguém mais foi capaz de usar este tipo de rastreamento como evidência antes. Todo mundo está olhando para a Dinamarca neste campo, e estamos em um estreito diálogo com vários outros países no momento, para que possamos desenvolver os métodos e ensiná-los como operamos.” O novo sistema de TI especializado, desenvolvido pelas agências de aplicação da lei dinamarquesas, baseia-se na comparação das informações de dois tipos diferentes de transações bitcoin. Primeiramente, as transações onde os bitcoins são usados para comprar bens são analisadas explorando as possibilidades da tecnologia do blockchain, em que bitcoin é baseado. Esta informação é então comparada com listas de compradores e vendedores de bitcoin. A comparação é então usada para identificar as pessoas envolvidas em negociações particulares. Aarenstrup não queria entrar em detalhes sobre a abrangência deste novo método, mas pode-se imaginar que ele deve ser substancial, já que o FBI e a Europol já estão usando o sistema. Ficou mais fácil de rastrear os criminosos Jesper Klyve era o promotor em ambos os casos em que um bitcoin-traço era uma das evidências principais. Na sua opinião, não há nada de errado com o bitcoin como uma moeda e que as pessoas que o utilizam não são automaticamente enredadas em atividades ilegais, mas que não se pode negar o fato de que torna as negociações ilegais mais fáceis. Klyve diz que no passado, uma pessoa teve que ter os contatos necessários para comprar drogas, mas isso mudou completamente com a introdução da darknet e bitcoin. Em diversos países, agora quase qualquer um pode acessar a rede e comprar um quilo de anfetamina e pagar por ele com uma criptomoeda. No entanto, isso tudo pode mudar devido à nova ferramenta de bitcoin da polícia e Klyve está otimista de que ele irá fornecer possibilidades interessantes. No exterior é comum que as transações de drogas feitas na darknet sejam enviadas normalmente pelos correios – como no primeiro caso, o rastreamento de bitcoin foi empregado na Dinamarca – o que pode tornar consideravelmente e mais difícil para a polícia parar criminosos. Mas Klyve tem certeza de que essa nova tecnologia mudará completamente isso. Agora, se um suspeito recebe drogas por correio – o que ele nega ter ordenado – a polícia pode examinar seu histórico de transações bitcoin e ver se ele enviou bitcoins para qualquer pessoa recentemente. “Todas as transferências que já foram feitas são codificadas no sistema bitcoin. Portanto, você pode, a qualquer momento, fizer login e pesquisar no sistema e tentar identificar usuários individuais”, disse Klyve em entrevista ao Berlingske. Já foi dito antes que bitcoin é provavelmente menos benéfico para os criminosos do que se pensava originalmente, mas os dois vereditos na Dinamarca são um claro indicador de que o ciberespaço não está a salvo do longo braço da lei. Talvez, seja finalmente o tempo para os criminosos encontrarem um novo meio de vida. Via: The Next Web Adaptação/Tradução: Guia do Bitcoin Compartilhe este artigo Categorias Crime Etiquetas Ethereum