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ICO do mal: PinCoin um golpe de US$660 milhões de dólares

Ruchi Gupta

O mundo das criptomoeda foi abalado por golpistas que fugiram com cerca de US $ 660 milhões em dinheiro dos investidores. Muitos, no entanto, acreditam que este é o momento para que haja uma forte regulamentação sobre como as OICs são realizadas.

O que aconteceu?

O golpe ocorreu no Vietnã, onde uma empresa chamada Modern Tech lançou uma ICO para um token chamado Pincoin. O site da Pincoin, embora tenha sido habilmente produzido e apresentado de forma elegante, não oferece nada em termos de clareza sobre o que o token pretendia fazer. Em vez disso, ele está repleto de banners “super-chamativos” como “The Sharing Economy 2.0 (A economia de compartilhamento 2.0)” e um vídeo do YouTube que promete que o Pincoin trará o futuro para as massas.

No entanto, essas “ofuscações” bastante óbvias, embora visualmente atraentes, não impediram que mais de 32.000 investidores entregassem seu dinheiro de mão beijada, como diz a minha vó. Aparentemente, nenhum deles percebeu que a promessa da Pincoin de um retorno mensal de 48% do investimento inicial fosse boa demais para ser verdade.

No início a empresa fez alguns pagamentos em dinheiro a seus investidores, mas pouco tempo depois a Pincoin começou a pagar os retornos prometidos em um novo token chamado iFan. Mas não demorou e então toda a equipe da empresa – todos cidadãos vietnamitas – desapareceram, deixando apenas um bando de investidores arruinados, protestando do lado de fora de seus antigos escritórios.

Como isso aconteceu?

As ICOs são basicamente ofertas de investimento que não precisam estar em conformidade com a legislação de valores mobiliários. Assim, paralelamente ao risco do projeto e investimento, os investidores das ICOs estão assumindo o risco de não terem a quem recorrer caso as coisas não dêem certo.

Além disso, o próprio termo ICO, que se assemelha com a expressão IPO, é um pouco enganador. As ICOs não se parecem de fato com IPOs; em vez disso, os tokens são entregues a um conjunto de investidores muitas vezes fechado, que pode liberar os tokens para o mercado aberto. As ICOs também têm limites rígidos, um limite de quantos tokens serão lançados, bem como uma campanha de crowdfunding.

Além disso, os investidores também precisam prestar atenção a dois detalhes específicos: a equipe por trás do projeto e os termos contratuais que sustentam a ICO, se houver algum. No caso da Pincoin, praticamente não há informações sobre a equipe por trás dele em seu site ou no white-paper.

Qual a próxima?

ICOs falsas são uma faceta das criptomoedas que estão causando dores de cabeça tanto aos reguladores quanto aos investidores. Os reguladores precisam equilibrar a importância de projetos inovadores que levantam investimentos milionários livremente e a proteção dos investidores.

Marco Santori, ex-sócio do escritório de advocacia de tecnologia Cooley LLP, desenvolveu o Simple Agreement for Future Tokens ou SAFT. O acordo basicamente prevê que apenas investidores credenciados possam participar de ICOs, e somente eles poderão liberar esses tokens para o mercado.

Embora isso possa proteger aqueles que não podem se dar ao luxo de perder dinheiro com ICOs fraudulentas, os críticos apontam que o SAFT apenas empurra o problema mais pra frente: o que impede os investidores iniciais de inflacionarem o preço antes do lançamento. Afinal, o valor da maioria dos tokens está ligado ao valor percebido da tecnologia que eles suportam, deixando as partes interessadas iniciais livres para falar do potencial dessa tecnologia.

Atualmente, não existe uma “solução” para a regulamentação das ICOs. É improvável que uma proibição total seja a solução, particularmente houve muitos projetos, como o Golem, que arrecadou investimento numa ICO e que se não fosse essa modadlidade de captação de investimento, seria apenas um projeto que talvez nunca tenha se materializado.

No entanto, o golpe Pincoin destaca a necessidade de os reguladores adotarem uma postura mais proativa sobre a regulamentação das ICOs e principalmente os investidores precisam prestar mais atenção, onde investem seu dinheiro, uma empresa que oferece grandes “retornos sobre o investimento”, na maioria esmagadora dos casos é uma cilada.

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