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Paxos diz que fiscaliza transações particulares de seus clientes

Melissa Eggersman

Um fato curioso chamou a atenção da comunidade de criptomoedas nesta quarta-feira. A corretora do grupo Paxos tentou “censurar” a transação de um usuário que decidiu realizar a retirada de suas moedas e enviar para um serviço de terceiros de mixagem de moedas.

A corretora emitiu uma nota bem “severa” para o usuário que tinha realizado a transação. Enquanto a companhia não realizou nenhum tipo de ação contra o cliente, o tom do comunicado não foi nada amigável e levanta certas preocupações em relação aos princípios do criptomercado.

A Paxos é responsável pela criação da moeda PAX, uma stablecoin pareada com o dólar e também é uma plataforma (com o nome itBit) que permite a troca de moedas fiat por ativos digitais. Mas a corretora não é anônima e precisa estar de acordo com todas as atuais regras de regulamentação, qualquer tentativa de tornar as transações mais “escondidas”, é certeza de preocupar a plataforma.

Ainda assim, manter um controle e vigilância do que os usuários estão fazendo com o próprio dinheiro deles é um problema para os conceitos do Bitcoin, principalmente quando a corretora tem controle total das contas e o acesso aos tokens que são custodiados por ela.

O usuário que recebeu a mensagem foi @RonaldMcHodle, com o time da Paxos exigindo que ele providenciasse informação de onde ele havia enviado o BTC que ele tinha sacado. A Paxos acusou RonaldMcHodle de ter enviado os Bitcoins para um serviço de mixagem de moedas.

 

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O problema é que a Paxos não simplesmente ficou de olho no saque. Para a corretora ter percebido a ação do investidor ela acompanham a transação da corretora para a carteira pessoal do cliente e depois para o serviço.

Ou seja, um nível de vigilância que ultrapassada todos os limites que imaginamos que uma empresa de criptomoedas deve ter.

“Aparentemente você não é pode fazer o que você quiser com os seus Bitcoins, mesmo tendo suas próprias chaves. Felizmente não é assim que o Bitcoin funciona, mas o nível de análise da rede é alarmante.”

A exchange chegou a comentar sobre o caso, respondendo ao tuíte original:

“Desculpa se não nos esclarecemos bem. Nós não necessariamente iriamos negar serviço para alguém que usa um mixer, mas nós monitoramos tudo em busca de padrões alarmantes. Como uma instituição financeira regulamentada, está dentro da nossa responsabilidade garantir que nossos clientes não estão realizando atividades de lavagem de dinheiro e negócios ilícitos. Nós fazemos o nosso melhor para seguir os padrões de AML/KYC.”

Vale o cuidado com essas ações, afinal, caso a corretora determine que alguém está usando o seu dinheiro de forma que eles não concordem, podem censurar esse cliente.

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