Paxful é acusada de fraude na Nigéria

Paxful é acusada de fraude na Nigéria

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

A Paxful Incorporated, um dos maiores serviços de criptomoedas do mundo, com base na Estônia, é amplamente usada em diversos países, principalmente na África subsaariana, onde milhões de pessoas não possuem contas bancárias. Porém, a companhia está sendo acusada por investidores e traders da Nigéria de golpe desse que eles perderam acesso às suas contas e consequentemente aos seus valores.

Os usuários tiveram o acesso às suas carteiras bloqueado, com as chaves e valores guardados “presos dentro” da carteira. Curiosamente, a Paxful sempre teve uma boa ação no continente Africano. A companhia chegou a construir escolas em Ruanda, com um objetivo de construir mais de 100.

A empresa também tinha um plano de oferecer $15.000 em bolsas para refugiadas do Afeganistão nos EUA para melhor a educação. Além disso, a empresa supostamente estabeleceu um hub de blockchain na cidade Nigeriana de Lagos.

Porém, apesar de todas essas ações positivas, uma ONG chamada United Resolve for Global Peace, fez uma petição para a Comissão de Economia e Crimes Financeiros (EFCC) acusando a Paxful de fraude. A EFCC confirmou que recebeu a petição e vai iniciar uma investigação sobre o assunto das carteiras desativas e valores bloqueados. As informações são da CCN.

A ONG inicialmente realizou a petição no dia 2 de abril, dizendo que todas as contas envolvidas no bloqueio não quebraram nenhuma das regras da plataforma ou realizaram qualquer tipo de fraude. Segundo as informações, a petição diz:

“Alguns dias atrás, nossa organização foi contatada por alguns nigerianos que reclamaram que Paxful Incorporated, a companhia que é dona de plataformas de trading e exchange, está retirando o acesso dos reclamantes de seus investimentos em criptomoedas através da suspensão de contas, desativação de carteiras e recusa de retornar o valor bloqueado, mesmo depois de uma investigação afirmar que eles não estão envolvidos em nenhuma atividade fraudulenta.”

A petição também ressalta que os nigerianos representam 40% da receita da Paxful, por isso o bloqueio é um desrespeito com uma base tão forte.

Diversas pessoas levaram o assunto diretamente ao CEO da Paxful, Ray Youssef, que assumiu uma posição firme para defender a empresa:

“Dica: Quando duas das suas contas são banidas porque você ignorou diversos avisos, qualquer conta nova também vai ser banida por que VOCÊ está banido. Mercados não podem sobreviver com pessoas mal-intencionadas. Todas as outras contas que você criar serão banidas. Não volte, por favor” disse o CEO em resposta a um tuíte que acusava a Paxful.

https://twitter.com/raypaxful/status/1114806335252652032

Em entrevista ao CCN o CEO também afirmou que desconfia bastante da posição e da idoneidade da ONG.