Opinião: o blockchain pode ajudar a acabar com a fome

Opinião: o blockchain pode ajudar a acabar com a fome

By Hassan Maishera - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

O que leva praticamente todo investidor a ingressar neste mercado é a possibilidade de conseguir altos lucros e melhorar a qualidade de vida de sua família. Acontece que uma grande massa mundial carece dos bens mais básicos para sua sobrevivência. Às vésperas do Natal, esta reflexão se mostra obrigatória e você pode se tornar um agente de mudança.

Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 820 milhões de pessoas não tem o que comer. Do montante estimado, cerca de 19% são crianças que sofrem de desnutrição crônica. No Brasil, ainda segundo a entidade, o combate à fome se mostra estagnado nos últimos anos e cerca de 5,2 milhões de habitantes vivem em condições precárias.

Algumas iniciativas bastante interessantes foram realizadas ao longo do ano pela comunidade brasileira e estas devem ser repetidas incessantemente. No Bitcoin Pizza Day, que ocorre no dia 22 de maio, a corretora Walltime realizou alguns eventos em celebração ao dia, revertendo em dobro o valor arrecadado com os ingressos para instituições de caridade. A FoxBit também realizou trabalho semelhante.

CoinWISE desenvolveu a plataforma CoinWISE Donations que tem como objetivo auxiliar o processo de doações para instituições filantrópicas por meio de criptoativos, como ONGs e projetos diversos de causas sociais. Não há custo algum para receber ou mesmo liquidar os valores arrecadados através da plataforma.

Não é possível falar sobre caridade e blockchain sem citar a Bitgive Foundation, um dos primeiros projetos de caridade a utilizar Bitcoin e o blockchain como suas matrizes motoras. A iniciativa está desenvolvendo o GiveTrack, uma plataforma completa de doações que propõe total transparência nas transações e nos resultados em tempo real apresentados pelos projetos agraciados.

Há também o projeto Pineapple Fund, menos conhecido pelo público em geral, apesar de ter sido comentado pelo New York Times no ano passado. O criador da iniciativa, conhecido pelo pseudônimo “Pine”, afirma estar entre os 250 maiores holders de Bitcoin do mundo e que, devido ao seu sucesso, decidiu doar boa parte do que possui para instituições de caridade.

Segundo informações do site, 60 instituições filantrópicas foram agraciadas com a iniciativa e mais de 5.100 BTC foram arrecadados, somando algo em torno de US$ 55 milhões.

Nada do que hoje é produzido pelo mercado descentralizado será possível sem que o máximo de pessoas possível tenha o que é necessário para sobreviver dignamente. Onde as iniciativas estatais deram errado, o blockchain e os criptoativos estão entrando com força como um mecanismo alternativo aos revezes sociais. A economia digital e a descentralização do dinheiro não serão possíveis onde sequer há comida e água.

Ajudar o próximo pode ser tão recompensador quanto um investimento bem-sucedido. A diferença é que você não será o único ganhador.