OneCoin declara que não é um esquema de pirâmide

OneCoin declara que não é um esquema de pirâmide

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

A OneCoin é uma criptomoeda que não é novidade nenhuma para o mercado, até mesmo para o mercado brasileiro. Muitos traders e investidores já tratam a moeda como um scam declarado e até mesmo prisões já foram efetuadas em relação ao esquema. Porém, como sempre, a empresa negou que seja qualquer tipo de golpe.

O projeto de investimento na criptomoeda OneCoin respondeu às acusações de que é um esquema de ponzi ou de pirâmide, argumentando que ela não se encaixa na definição de nenhum dos dois modelos de golpe.

Em um relatório do Samoa Observer, do dia 14, o Banco Central de Samoa foi citado dizendo que a OneCoin é “um híbrido de um esquema de ponzi e pirâmide” e que “lavou dinheiro através da Nova Zelândia para Samoa” e que o esquema estava tentando recrutar novos membros através de igrejas locais.

Depois que o Observer relatou o aviso do Banco Central, a equipe recebeu uma declaração diretamente da OneCoin explicando o porque o projeto não é nem um Ponzi ou Pirâmide.

Segundo informações do Samoa Observer, a declaração começou explicando a definição de esquemas de Ponzi dizendo que nesses esquemas “o lucro para investidores antigos vem do investimento dos novos investidores”.

Porém, a OneCoin se defende dizendo que, na verdade, ela não obriga contratualmente que seus agentes ou Associados Independentes de Marketing (IMAs) recrutem outros IMAs para ganhar qualquer tipo de bônus.

A OneCoin diz que:

“O sucesso dos IMAs depende inteiramente do seu compromisso pessoal, habilidades e esforço. Os IMAs podem obter um pacote educacional e receber bônus apenas pelas suas atividades de marketing. Isso quer dizer que eles não são obrigados a ter nenhuma despesa extra ou recrutar novos IMA.”

O comunicado também diz que os agentes não são recompensados pelo recrutamento de novos membros, mas sim pelo “valor das vendas” que eles fazem.

A OneCoin continua o argumento dizendo que, quando os IMAs se juntam ao esquema eles assinam um contrato que os classificam como “um empreendedor independente” e assim eles não podem ser definidos como consumidores que estão protegidos pelas leis comuns.

“Os usuários que são parte da OneLife Network NÃO são consumidores. Eles são IMAs, o que quer dizer que eles são empreendedores independentes.”

Ou seja, a OneCoin diz que não é um esquema de pirâmide porque os danos financeiros causados aos seus agentes não são classificados como um esquema de pirâmide de acordo com a definição literal sobre esses golpes, afinal, eles não são consumidores. Por outro lado, também não é um esquema Ponzi porque, apesar de incentivado, o recrutamento não é compulsório.

A declaração ainda diz que como “uma criptomoeda descentralizada e de código fechado” com regras “estritas” de KYC e AML, a OneCoin é “muito mais segura que criptomoedas descentralizadas.” E provavelmente, como defesa, a OneCoin deve alegar que “paga direitinho”.

Enquanto isso, alguns dos criadores da moeda continuam presos e um outro foragido.

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