— Logo no início da investigação, conversei com colegas de todo o Brasil e nunca houve uma tentativa de sequestro onde fosse exigido o pagamento em moeda virtual. É uma situação inédita no Brasil. O grande objetivo era agilizar a transação, mas não foi possível — explicou o delegado.

Em São Paulo, a Deic estourou o cativeiro onde a mulher vinha sendo mantida, desde quarta-feira, quando teria sido sequestrada. De acordo com o delegado, a vítima teria sido abordada na Lagoa da Conceição, após deixar a filha na escola, e, então, levada para a capital paulista de carro.

Durante o caminho, o grupo fez o primeiro contato com o empresário, pedindo o resgate. Ele, então, procurou a polícia e seguiu em negociação com os criminosos, na tentativa de atrasar o pagamento, já que a transação digital é muito difícil de ser rastreada. Enquanto isso, a Deic identificou o local do cativeiro.

— Eles acharam que teria uma facilidade muito grande pelo resgate pago em moeda virtual. A partir daí, houve uma negociação da vítima com os sequestradores e neste intervalo a divisão conseguiu localizar o cativeiro — disse Cruz.

A Polícia Civil acredita que a vítima tenha sido observada e escolhida com critério e que pelo menos seis pessoas estejam envolvidas na ação. Apenas uma foi presa, mas a investigação vai continuar.

— Foi uma operação bastante difícil, mas conseguimos libertar a mulher. Ela passa bem e não está machucada — contou o delegado Raphael Werling, que também participou da operação.

Fonte: https://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2017/04/mulher-de-florianopolis-e-resgatada-de-sequestro-com-pedido-de-resgate-em-moeda-virtual-9783424.html