MMM Brazil – um famoso “esquema de pirâmide” FUJA deles

Depois de ver um jovem numa reportagem da Record com a camisa da MMM, pesquisei sobre a empresa e descobri que a MMM é um dos maiores esquemas de pirâmide que já existiu e que certamente deixou o senhor Charles Ponzi muito orgulhoso.

MMM Nigéria – um conhecido esquema de pirâmide de marketing multinível – anunciou no começo do ano seu retorno, agora com o Bitcoin como uma forma de pagamento. A MMM foi fundada por Sergei Mavrodi na Rússia na década de 1990, o esquema original desabou, levando a falência inúmeros participantes fazendo-os perder bilhões de dólares. Veja aqui. A MMM surgiu novamente com um modelo simples: os participantes se comprometeram a enviar (doar) dinheiro para outros participantes e depois de um mês, eles receberão seus “investimentos” de volta mais 30% de outros participantes da pirâmide.

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Existe um alto risco de que essa rede de empréstimo de dinheiro acabe por entrar em colapso e milhões de pessoas percam seu dinheiro… novamente. No entanto, o número de participantes continua crescendo, mesmo apesar da lógica duvidosa de todo o esquema propagado pela empresa.

Em meados de dezembro de 2016, a MMM congelou as contas dos participantes, possivelmente mais de três milhões de nigerianos foram afetados. Em declaração após o ocorrido disse que o esquema teve que suspender temporariamente as operações devido à pesada carga de trabalho no sistema.

As operações voltaram um mês depois, a MMM anunciou a introdução do Bitcoin, MAVRO-BTC, para “tornar a participação no MMM mais confortável”. A mudança de permitir pagamentos em Bitcoin, quer atribuir a recente valorização de preços do Bitcoin prometendo maiores retornos além de um “crescimento mensal de 30%”. No caso de queda do preço do Bitcoin, o esquema promete aos participantes que poderão converter seus saldos de Bitcoins.

Para fortalecer o retorno do esquema a MMM lançou várias ações para tornar sua comunidade ativa novamente. Assim, os participantes foram convidados a completar uma série de tarefas on-line e off-line para promover o esquema e aumentar a participação. Aparentemente, a participação no MMM implica não apenas oportunidades, mas também responsabilidades e uma delas é disseminar o MMM, assim como é nos outros esquemas de pirâmide.

O que é uma esquema de pirâmide

Segundo a Wikipédia:

Um esquema em pirâmide conhecido também como pirâmide financeira, é um modelo comercial previsivelmente não sustentável que depende basicamente do recrutamento progressivo de outras pessoas para o esquema, a níveis insustentáveis. Nos Estados Unidos, a Federal Trade Commission dá dicas para identificar aqueles que parecem ser esquemas em pirâmide. Esquemas em pirâmide existem há pelo menos um século e, em diversos países é considerado crime.

O esquema de pirâmide pode ser mascarado com o nome de outros modelos comerciais que fazem vendas cruzadas tais como o marketing multinível (MMN), que são legais. A maioria dos esquemas em pirâmide tira vantagem da confusão entre negócios autênticos e golpes complicados, porém convincentes, para fazer dinheiro fácil. A ideia básica por trás do golpe é que o indivíduo faz um único pagamento, mas recebe a promessa de que, de alguma forma, irá receber benefícios exponenciais de outras pessoas como recompensa. Um exemplo comum pode ser a oferta de que, por uma comissão, a vítima poderá fazer a mesma oferta a outras pessoas. Cada venda inclui uma comissão para o vendedor original. Exemplos de pirâmides: Argent Global Network, Banners Viewer, DFRF Enterprises, Telexfree, BBom, Geteasy, iFreex e muitas outras.

Claramente, a falha fundamental é que não há benefício final; o dinheiro simplesmente percorre a cadeia, e somente o idealizador do golpe (ou, na melhor das hipóteses, umas poucas pessoas) ganham trapaceando os seus seguidores. As pessoas na pior situação são aquelas na base da pirâmide: aquelas que assinaram o plano, mas não são capazes de recrutar quaisquer outros seguidores. Para iludir a maioria desses golpes apresentará referências, testemunhos e informações.

Referências: Cointelegraph; barenakedscam

Adaptação/Tradução: Guia do Bitcoin

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