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Mineradoras de Bitcoin estão operando com prejuízo

Melissa Eggersman

Estamos quase no meio de dezembro e o Bitcoin continua sendo negociado acima do nível de US$7.000. O mercado ainda não caiu abaixo desse nível no mês nem uma vez. Essa negociação lateral é considerada uma fase de acumulação. Porém, ainda há uma certa incerteza sobre o que vai acontecer quando essa acumulação cessar.

De acordo com o site Bitcoin Exchange Guide, os mineradores são os que estão sofrendo mais com esse momento.

Até agora, o BTC/USD estava sendo negociado a US$7.270, com ganhos de 24 horas de 1,04%, conforme o Coincodex, enquanto apresentava um volume diário de negociação de apenas US$193 milhões.

Assim como o preço negociado na lateral, a taxa de hash está se comportando da mesma maneira. Desde que atingiu o recorde histórico de 110 Th/s no dia 23 de outubro, a taxa de hash do Bitcoin oscilou entre 80 e 100Th/s.

De acordo com o Bitinfocharts, a dificuldade de mineração do Bitcoin diminuiu desde junho, quando o Bitcoin atingiu o máximo de 2019 em US$13.900. Atualmente, em 0,133, a lucratividade está perto de atingir uma nova baixa de 2019, que foi de 0,118 atingida no dia 24 de outubro.

Charles Edwards, da Capriole Investments, foi citado pelo Bitcoin Exchange Guide dizendo:

“Os mineradores de Bitcoin estão sofrendo. Os últimos 12 meses foram os menos lucrativos em todos os 5 anos anteriores para esse setor. Há ‘sangue nas ruas’.”

Na postagem do blog, a empresa destaca que o custo de produção e os preços das mineradoras de Bitcoin juntos estão fazendo com que os mineradores de Bitcoin estejam em apuros e potencialmente sofrendo perdas de curto prazo.

 

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O custo atual de produção de Bitcoin em termos de preço de mineradora é de US$7.399 e o custo da eletricidade é de US$5.365. Isso coloca o custo total em US$8.941.

O preço da criptomoeda caiu abaixo do custo de produção do Bitcoin, no entanto, esse momento tende a ter vida curta, pois os mineradores de alto custo saem do negócio, a taxa de hash passa por um momento de planalto antes de cair e os mineradores ficam menos inclinados a vender com prejuízo.

Durante períodos mais curtos, os mineradores de Bitcoin podem operar com perda. No entanto, o preço do Bitcoin nunca atinge o custo da eletricidade para produzir um Bitcoin, apesar de ter chegado bem perto em novembro de 2018.

Historicamente, a eletricidade para produzir um Bitcoin representa um piso de preço.

Isso sugere que os mineradores de Bitcoin estão lutando no momento, com a maioria operando com prejuízo. Em 2019, as mineradoras tiveram rentabilidade média diária de 10%. O ano foi realmente o menos lucrativo para a mineração de Bitcoin nos últimos 5 anos, conforme observa a Bitinfocharts.

No entanto, como vários dos custos dos mineradores são únicos, ou seja, já pagos por hardware e bloqueados como aluguel, eles podem operar com prejuízo por curtos períodos sem chegar à falência.

Com a recompensa do Bitcoin pela caindo pela metade em menos de cinco meses (halving), estimada para ocorrer em maio de 2020, o custo de produção do Bitcoin dobrará. Nesta base, se a taxa de hash e a eficiência do hardware de mineração permanecerem inalteradas, o preço de produção do Bitcoin seria de US$17.800.

Mas, durante o halving, a taxa de inflação cairá de 3,7% para 1,8%, pois a influência da mineradora sobre a oferta e a demanda está caindo.

A rentabilidade das mineradoras está diretamente ligada com o preço do Bitcoin. Por isso, com o halving a situação de prejuízo pode mudar, afinal, estima-se que o preço do BTC terá uma grande alta após o evento.

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