Millennials apostam no Bitcoin como investimento

A viabilidade do Bitcoin e das altcoins na atual economia em constante mudança continua a aumentar, de acordo com Raoul Pal, ex-executivo do Goldman Sachs.

O lendário podcaster centrado no Bitcoin, Stephan Livera, trouxe recentemente o ex-executivo do Goldman Sachs, que agora dirige a Real Vision, para falar sobre investimentos.

Fiel ao tema do podcast de Livera, Pal levou algum tempo para explicar seus pensamentos sobre o Bitcoin. Em um soundbite, que pode ser encontrado no tweet abaixo, o economista explicou que as classes de ativos mais populares não fazem sentido para “millenials” com perspectivas de 10 a 20 anos.

“Há muitos paralelos entre agora e o final dos anos 30. De 1929 a 1932 tivemos uma crise da dívida, as taxas de juros chegaram a zero. Depois houve muita impressão de dinheiro, e as compras de ativos financeiros fizeram subir os seus preços”.

Os títulos de rendimento não são muito melhores, opina Pal, chamando a atenção para os “rendimentos praticamente nulos” — e negativos em alguns casos — que a dívida considerada segura proporciona.

Até mesmo o setor imobiliário não é atraente. Com o investidor proeminente chamando essa classe de ativos de “inacessível”, acrescentando que faz ainda menos sentido comprar imóveis porque eles estão sendo negociados batendo quase todos os recordes.

“Então, o que faz um “millennial” para economizar para o seu futuro, quando quase todos os ativos têm retornos imputados negativos para os próximos 20 anos, 10 anos? E a resposta está clara, você escolhe a opção de criptomoeda e Bitcoin,” afirmou Pal.

Ele continuou explicando a racionalidade da razão pela qual comprar Bitcoin faz sentido. Pal observou que nada como os ativos digitais fornece “aquele perfil de risco-recompensa onde você pode estar errado, mas se você o faz mais cedo ainda tem muito tempo para acumular riqueza em outros ativos também”.

Foi acrescentado que a compra do Bitcoin agora é como comprar títulos e ações em 1982.

O que o Pal não toca, mas ainda é relevante, são as nuances das tendências de investimento de diferentes gerações. Baby boomers e gerações mais antigas cresceram em um mundo que os levou a investir em ações, títulos e outros veículos tradicionais que historicamente geraram fortes retornos no longo prazo.

Isso está mudando com os “millennials” e os mais jovens. Essa nova geração cresceu com a Internet, os videogames e os conceitos de dinheiro digital que estão por trás do Bitcoin, do Ethereum e de outros ativos digitais.

De acordo com Ryan Selkis, do Messari, como os millennials herdam U$30 trilhões de seus pais “baby boomers” nas próximas décadas, grande parte do dinheiro pode chegar aos ativos digitais.

O chefe de Messari escreve que, se mesmo 1% desses U$30 trilhões inundar as criptomoedas o Bitcoin poderia chegar de forma conservadora em U$50 mil. Esta é outra tendência que faz com que o argumento de Pal seja muito mais poderoso.

Há mais razões para o Bitcoin ser uma aposta lógica. Nos últimos meses, Pal começou a acreditar que há uma chance cada vez maior de que uma recessão esteja no horizonte.

Em uma série de tópicos e episódios postados através de sua mídia, o ex-Wall Streeter deixou claro que acredita que a zona do euro está caminhando para águas agitadas, tocando no fato de que os bancos europeus estão em frangalhos.

Enquanto Pal não tocou exatamente em seus pensamentos sobre o Bitcoin como uma alternativa ao ouro, muitos acreditam que quando a recessão chegar, haverá uma fuga de capitais para a criptomoeda, que muitos dizem exibir as mesmas propriedades que o ouro.

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