Mastercard e Bancos já acumulam 356 pedidos de patentes de Blockchain e moedas digitais

Mastercard e Bancos já acumulam 356 pedidos de patentes de Blockchain e moedas digitais

By Benson Toti - min. de leitura
Atualizado 03 junho 2020

Só em novembro de 2016, houve 356 pedidos de patente vinculados à tecnologia blockchain ou a moedas digitais, como o bitcoin.

Imagem: reprodução

Na corrida para revolucionar as finanças modernas, entusiastas do blockchain estão ignorando um problema potencialmente caro: seus aplicativos, construídos com um código aberto, podem pertencer a outra pessoa. Alguns dos maiores nomes do setor, como Goldman Sachs, o Bank of America e até a Mastercard, patentearam sem fazer alarde algumas das tecnologias mais promissoras do blockchain. Até meados de novembro, o número de patentes que as empresas obtiveram ou afirmam ter solicitado, praticamente dobrou desde o começo do ano, segundo o escritório de advocacia Reed Smith.

À medida que a tecnologia blockchain evolui e que startups como a Chain e Hyperledger divulgam seu código aberto, cresce o risco de que patentes se tornem armas poderosas para longos processos jurídicos em relação à propriedade intelectual. Cada vez mais especialistas alertam que empresas consolidadas utilizarão as patentes para afirmar ter direitos exclusivos sobre o trabalho dos precursores do blockchain.

“O código aberto não necessariamente restringe a possibilidade de patentear a inovação subjacente” disse Patrick Murck, especialista jurídico em blockchain. — Quem investir no ecossistema ou estiver interessado na tecnologia deveria se preocupar com isso.”

Tiffany Galvin, porta-voz do Goldman, não quis comentar, e o Bank of America não respondeu aos pedidos de comentários.

Justin Pinkham, da Mastercard, disse que, como muitas outras empresas, só está apresentando patentes para defender suas próprias invenções com o blockchain, como a empresa sempre faz em todas as suas áreas de trabalho. A empresa solicitou mais de 30 patentes ligadas ao blockchain e às moedas digitais.

Criado para registrar transações com o bitcoin, a tecnologia blockchain atraiu grandes financistas como Blythe Masters, ex-banqueira do JPMorgan que se tornou grande defensora, por causa do potencial para dar uma nova forma à administração dos setores de serviços financeiros, redes de abastecimento e assistência médica.

Isso levou empresas a patentearem suas inovações mais lucrativas. Empresas do mundo inteiro solicitaram ou obtiveram 356 famílias de patentes ligadas ao blockchain ou a moedas digitais em novembro, frente a 180 em janeiro, segundo Marc Kaufman, especialista em Propriedade Intelectual de Tecnologia Financeira do Reed Smith, e Questel, um fornecedor de bancos de dados.

Via: PEGN