Mark Zuckerberg está considerando sistema de identificação baseado na blockchain

Mark Zuckerberg está considerando sistema de identificação baseado na blockchain

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 14 junho 2021

Atualmente muitas pessoas utilizam o sistema de autenticação do Facebook para acessar vários serviços. Sempre pensando em formas de inovar, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, sugeriu o uso da blockchain como uma ferramenta de identificação online, servindo como uma substituta para o popular Facebook Connect e quaisquer outros serviços de autenticação.

Em uma recente vídeo entrevista com o professor de Direito de Harvard, Jonathan Zittrain, Mark Zuckerberg falou sobre o potencial que a blockchain tem para ser usada como uma forma de autenticação para vários serviços sem a necessidade de confiar em terceiros.

“Um uso da blockchain que eu tenho pensado sobre… apesar de ainda não ter descoberto uma forma de fazer isso funcionar, é sobre autenticação e oferecer acesso às suas informações em diferentes serviços,” disse ele. “Então, substituindo a noção do que temos com o Facebook Connect por algo que é verdadeiramente distribuído,” disse ele se referindo à tecnologia de blockchain.

“Basicamente, você pega informações, armazena elas em algum sistema descentralizado e passa a poder logar em diferentes lugares sem precisar passar por um intermediário. Esse arranjo para logins seria interessante para desenvolvedores de software que não querem confiar em corporações que podem cortar o acesso dos usuários,” disse ele. Entretanto, o CEO do Facebook observou também que esse tipo de autenticação poderia gerar problemas atrapalhando as empresas a lidarem com usuários problemáticos.

Relembrando a polêmica envolvendo dados afiliados à Cambridge no ano passado, ele disse ter tirado do problema uma lição. “Se você tem um sistema totalmente distribuído, ele por um lado fortalece muito os indivíduos, mas ele levanta uma questão de consenso e como as pessoas podem realmente saber que estão dando consenso a uma instituição. De certa forma, é muito mais fácil regulamentar e responsabilizar empresas maiores. Eu acho que essa é uma questão social realmente interessante.”

Ele também comentou sobre a questão da ambivalência da ideia, afinal, é importante pensar se o público realmente quer isso e analisar os problemas que podem ser causados pela ausência de um intermediário.

Ele também reconheceu os amplos desafios técnicos criados pela descentralização. “Certamente o nível de computação que o Facebook está operando é intenso demais para ser feito de maneira distribuída,” disse ele. “Coisas descentralizadas que são computacionalmente intensivas serão mais complicadas. Nelas é mais difícil fazer computação, mas eventualmente, talvez você tenha os recursos para fazer isso.”

A entrevista pode ser conferida na íntegra no vídeo abaixo:

https://www.facebook.com/zuck/videos/10106612617413491