Nícolas Maduro, “presidente” da Venezuela, pretende resolver os problemas econômicos de seu pais aumentando o valor de sua moeda governamental artificialmente. O engraçado é que outro governos socialistas já fizeram isso antes e adivinha, não funcionou.
O novo “soberano bolívar” retira cinco zeros da antiga moeda, ou seja, 1 milhão em bolívares antigos serão substituídos por 10 em bolívares soberanos.
O anúncio da mudança segue a hiperinflação venezuelana que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou estar fora de controle no início desta semana, quando projetou a inflação do país. O número surpreende, 1.000.000% até o final deste ano.
A Venezuela emitiu uma “criptomoeda” apoiada pelo Estado no início deste ano, o “Petro”, e, de acordo com Maduro, o novo bolívar soberano será “ancorado” ao Petro, mas ele não explicou como isso vai funcionar.
O petro venezuelano é teoricamente apoiada por uma parte das reservas de petróleo não desenvolvidas do país, a maior do mundo em cerca de 300 bilhões de barris. Uma criptomoeda que é apoiada por um ativo como o petróleo ou até mesmo uma moeda fiduciária como o dólar dos EUA é um token que pode ser trocado pelo ativo que o sustenta.
Segundo Coindesk, Maduro disse que a nova moeda vai “alterar a situação financeira do país” de maneira radical. Temos a visão correta de como deve ser o futuro econômico na Venezuela e, acima de tudo, vamos alcançá-lo.” Maduro prossegue dizendo que o petro “acabará sendo consolidado tecnológica e financeiramente [e eventualmente] permeando toda a atividade econômica nacional e internacional”.
Não, não sabemos o que tudo isso significa também.
Sem nada por trás do novo bolívar soberano, mas prometido por um governo que não tem credibilidade e muito pouco crédito, é difícil ver a nova moeda como algo além de um novo lote de belas fotos de heróis venezuelanos.
E é inteiramente possível que fique muito pior. A inflação na Iugoslávia atingiu uma taxa mensal de 33.000.000% e na primeira década deste século. A taxa de inflação do Zimbábue atingiu 79.600.000% e parece que a Venezuela está seguindo esse mesmo caminho, pelo menos se depender de Maduro.