JPEG quer usar a blockchain para combater fotos falsas

JPEG quer usar a blockchain para combater fotos falsas

By Melissa Eggersman - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

Imagine se cada arquivo JPEG tivesse seus dados protegidos pela blockchain, permitindo a verificação das origens da foto e da sua autenticidade. Esse é um conceito bastante interessante e que pode elevar os casos de uso para a blockchain para uma área importante e que está alinhada com a ideia da autenticação proferida pela tecnologia blockchain. É exatamente essa a visão da organização que criou o formato JPEG: trazer a blockchain para ajudar a combater fotos falsas e proteger a privacidade das pessoas, além de direitos autorais.

A Joint Photographic Experts Group (JPEG) está organizando workshops para receber feedback sobre a possibilidade de criar um novo padrão em blockchain que pudesse permitir que usuários possam identificar fotos falsas e ajudar fotógrafos a lutar contra o roubo de imagens.

Em um encontro realizado em Sydney, Austrália, o comitê começou a explorar a possibilidade de criar uma nova compressão JPEG com o uso de dados mantidos pela blockchain.

Como a blockchain é imutável e rastreável, essa imagem nunca será “perdida” na rede, podendo ser acompanhada pelo fotógrafo, evitando problemas com direitos autorais. Isso também permitirá que fotos manipuladas se passem por verdadeiras.

 

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Essa não é a primeira vez que uma ideia assim surgiu com esse propósito. A KodakOne criou um sistema parecido, onde robôs de pesquisa na internet podem identificar roubos de imagem, mas o sistema está limitado a pagamentos utilizando a KodakCoin.

O que a JPEG quer fazer é criar um sistema padrão para usar a criptografia, assinaturas em hash, marcas d’água ou a combinação desses elementos dentro dos metadados de uma imagem. Com o sistema, uma rede social poderia até mesmo identificar uma foto falsa antes de ela ser publicada, ajudando a combater um dos principais problemas na internet: as Fake News.

Claro, a ideia está apenas no seu estágio inicial, passando por fases de discussão e planejamento, ainda sendo discutida com autoridades do mercado para determinar quais os usos e possibilidades do sistema.

Além de ajudar a identificar notícias falsas e violações de direitos autorais, a JPEG sugeriu que o sistema pudesse ser usado para análise forense de mídias, com aplicações na segurança e privacidade.

O JPEG é um dos tipos de imagens mais utilizados em todo o mundo e por isso seria uma excelente forma de criar um sistema padrão. A Blockchain se mostra a melhor aliada para esse propósito, já que a sua natureza é muito mais segura que qualquer outro sistema centralizado.

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