Uma nova pesquisa mostra que os índices baseados em tokens DeFI não são diversificados o suficiente para o investidor avançado
A pesquisa afirma que os índices têm superexposição a alguns tokens DeFi, o que invalida todo o ponto de diversificação. Isso os torna opções de investimento ‘ruins’ para investidores avançados que procuram administrar seus riscos.
O boom do DeFi, visto no terceiro trimestre do ano, viu muitos índices surgirem no setor. A ideia por trás dos índices é obter ampla exposição sem fazer o trabalho tedioso de comprar os ativos individualmente.
O popular provedor de análises, DeFi Pulse, lançou seu índice em setembro, quando o hype em torno de DeFi atingiu o pico. No entanto, Roberto Talamas, analista da Messari, acredita que o DeFi Pulse Index se apóia mais em alguns ativos do que em outros.
“O DeFi Pulse Index (DPI) agora tem mais de 35 milhões em ativos, mostrando maior demanda por índices de criptografia. Embora o DPI seja um bom investimento para iniciantes, pode não fornecer a diversificação que os investidores sofisticados exigem, deixando-os superexpostos a ativos DeFi individuais.” ele postou no Twitter.
Talamas ressaltou ainda que, embora esses índices tenham os benefícios de uma ampla exposição e taxas mais baixas, eles podem ser menos do que o ideal. Ele argumentou que muitas vezes eles têm grande peso em alguns ativos, reduzindo assim os benefícios da diversificação.
O analista estudou o DeFi Pulse Index e, após avaliar o produto, descobriu que apenas quatro ativos representam 77% do portfólio. Esses ativos são o token da Synthetix que detém 13,29%, o token da Yearn Finance que é responsável por 17,87%, o token do Aave, que representa 20,18%, e o token do Uniswap que controla 26,12%.
Talamas destaca que qualquer movimento significativo de qualquer um desses ativos impacta fortemente o desempenho do índice devido à sua imensa contribuição.
Curiosamente, essa análise é verdadeira para muitos outros índices DeFi. O sDEFI da Synthetix, por exemplo, está concentrado com apenas quatro tokens. São SNX, Compound, Kyber Network e Maker que, juntos, respondem por cerca de 60% do portfólio.
