Mais uma exchange hackeada – A importância de uma DEX

Mais uma exchange hackeada – A importância de uma DEX

By Adolph Obasogie - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

Embora as DEXs ainda não sejam a regra no mercado de criptoativos, a cada hacker em uma exchange centralizada, elas se mostram mais necessárias. De acordo com a lógica dos criptoativos, as corretoras atuais estão em total contramão, pois apresentam um alto grau de centralização.

Certamente, o leitor que está há mais tempo no mercado lembra do ataque hacker que a Mt.Gox sofreu e dos que acontecem desde então. Sendo assim, a vulnerabilidade das exchanges são expostas a cada dia. A grande preocupação está com os criminosos se sofisticando mais rápido que a segurança prestada pelas exchanges crescem.

Apesar de 2019 ter mostrado um avanço das corretoras nessa área, o valor de US$283 milhões roubados pelos hackers, somente no ano passado, é impressionante. Sem surpresa alguma, 2020 parece que seguirá o mesmo caminho. Em poucos dias o ano já tem corretora sendo atacada e com sucesso.

De acordo com a exchange com sede na Itália, Altsbit, ela sofreu um ataque que resultou no roubo de quase todos os fundos de Bitcoin e Ethereum. No entanto, a exchange diz que seus usuários não precisam ter tanta dor de cabeça, pois a garantiu que “uma pequena parte dos fundos está em carteiras frias”.

“Caros usuários,
Infelizmente, temos que notificá-lo com o fato de que nossa troca foi hackeada durante a noite e quase todos os fundos do BTC, ETH, ARRR e VRSC foram roubados. Uma pequena parte dos fundos está segura em carteiras frias”.

Inegavelmente que esse pronunciamento foi ridicularizado pela comunidade. Até porque o que deveria ser guardado em uma carteira fria é uma grande parte dos criptoativos. As carteiras quentes deveriam ter apenas uma quantia limitada de participações. A exchange italiana ainda não divulgou a contabilidade completa dos fundos roubados. Todavia, segundo os tweets da Altbits, somente em KMD e VRSC os hackers levaram US$27.000.

Tudo isso é apenas um exemplo de como as exchanges centralizadas são alvos fáceis e lucrativos para os criminosos. Ademais, a sofisticação dos hackers pode trazer mais insegurança ainda para as carteiras quentes das exchanges.

Só para exemplificar, o ataque às carteiras quentes foi uma das características marcantes dos ataques de 2019. Coinbene e Upbit tiveram suas vulnerabilidades de segurança e os fundos foram levados de suas carteiras quentes.

Enquanto acompanhamos se a Altsbit se recuperará, tentamos responder à pergunta de quando as exchanges realmente se moverão para um ambiente totalmente descentralizado, com uma boa interface para o usuário e fazendo da ideia de Satoshi Nakamoto uma realidade.

 

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