HSBC e São Paulo estão adotando o Blockchain

HSBC e São Paulo estão adotando o Blockchain

By Adolph Obasogie - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

O banco HSBC utilizou a plataforma de financiamento comercial Voltron para concluir a primeira transação de carta de crédito denominada em yuan.

O envio foi uma remessa de peças e painéis de LCD da MTC Eletronics, uma fabricante de eletrônicos com sede em Hong Kong, para sua empresa mãe Shenzhen MTC, com base na fronteira de Hong Kong.

As trocas tradicionais de documentos duram cerca de cinco a dez dias, segundo o banco. Com a plataforma de Blockchain a troca entre as partes ocorreu em apenas 24 horas. O chefe regional de finanças globais de comércio e recebíveis da Ásia-Pacífico no HSBC comentou o acordo:

“Nós esperamos ter algo até o final do ano, talvez o primeiro trimestre do próximo ano, onde saberemos da Voltron quanto custa; nesse ponto, muitos bancos que talvez estejam nos bastidores poderão decidir. Claramente, esperamos que, com essa tecnologia, o custo unitário da transação diminua, além de outros benefícios, como a velocidade”.

A Voltron é uma colaboração do R3 com oito grandes bancos incluindo o HSBC. A ideia é digitalizar documentos de financiamento comercial e atrair mais bancos e empresas membros. Voltron ainda está em testes e até o momento as transações usando a plataforma foram principalmente casos pilotos individuais.

O Blockchain vem se destacando muito e não é só por conta da sua velocidade.

Um exemplo disso é a futura adoção da cidade de São Paulo em registro de Blockchain para obras públicas relatada pelo Cointelegraph Brasil.

A decisão ocorreu após a cidade notar condições que forçaram o fechamento de várias pontes e estradas mesmo com alto investimento público.

Marcus Granadeiro, presidente da Construtivo, empresa contratada pela prefeitura, lembrou que graças aos registros imutáveis do Blockchain a cidade poderá identificar a fonte de problemas que podem surgir no futuro após a conclusão da construção.

“O primeiro grande ganho com a tecnologia é que tudo fica registrado, todos os comentários. Porque problemas na obra muitas vezes vão aparecer anos depois, e aí ninguém localiza o registro de nada. Com blockchain isso inexiste (…) O workflow automatizado impede que algo fique parado sem que se saiba onde e por quem”.

Granadeiro garantiu que a plataforma melhorará o acesso a dados relevantes do projeto para todas as partes interessadas.

“É imprescindível que os dados, de todos os ativos de obras da cidade de São Paulo ou de projetos em andamento, estejam disponíveis online para qualquer tomador de decisão. A gestão de processos e documentos acontece em tempo real e a partir de qualquer local”.

Bancos e governos muitas vezes mostram aversão ao Bitcoin, mas estão bem abertos ao Blockchain. Sua transparência, rapidez e eficiência faz com que a tecnologia seja uma escolha para melhorar a eficiência dos serviços oferecidos.

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