Gigante da indústria Bitmain vai interromper vendas na China

Gigante da indústria Bitmain vai interromper vendas na China

By Sam Grant - min. de leitura

A empresa de hardware de criptomoeda está supostamente tentando sair do mercado chinês

O fabricante de equipamentos de criptomoeda Bitmain está planejando interromper as vendas na China enquanto a empresa se ajusta às mudanças no cenário cripto no país asiático. Citando três fontes com conhecimentos dos fatos – dois clientes da empresa e um trabalhando para a empresa – a CoinDesk relatou a notícia na terça-feira. O relatório elaborou que o fabricante planeja realocar uma parte significativa das operações para fora da região de Shenzhen, embora o próximo local pretendido de operação não tenha sido confirmado.

A decisão da Bitmain de suspender as operações é em resposta ao anúncio da semana passada do banco central chinês, o Banco Popular da China (PBoC), proibindo a transação de todas as criptomoedas e atividades relacionadas no país. O estado explicou que foi tomada a decisão de eliminar o risco iminente de atividade ilegal associada à criptomoeda.

Até agora, pelo menos 18 empresas prestadoras de serviços de criptomoeda anunciaram que estão deixando a China, com algumas já indisponíveis na região, de acordo com lojas chinesas. SparkPool, o segundo maior reservatório de mineração Ether, fechou as operações na China, e a tendência deve continuar com o ajuste do espaço cripto às novas condições.

As empresas que estão saindo da China agora buscarão ambientes operacionais muito mais estáveis, e a Bitmain poderia aplicar rotas previamente estabelecidas em países amigáveis à criptomoeda. A empresa já abriu uma loja em Istambul, Turquia, em julho, em colaboração com a Phoenix Store.

Além disso, em 7 de setembro, um comunicado à imprensa confirmou a colaboração da Bitmain com a ISW Holdings para trazer 56.000 mineradores de Bitcoin para a Geórgia. De acordo com as participações da ISW (renomeado para BlockQuarry), o negócio custaria um total de $62 milhões em um contrato que deverá gerar mais de $10 milhões em receita mensal quando operar em plena capacidade em outubro de 2022.

A cena de criptomoeda chinesa tem sido um turbilhão, mesmo com o governo tentando regular o mercado cripto, e não é a primeira vez que a China está se movendo contra a criptomoeda. No início do ano, repressões governamentais semelhantes assombraram os mineiros no país, com restrições aos principais participantes do setor, como bancos de facilitação. No entanto, esta é a primeira vez que o país asiático baniu totalmente todas as transações associadas à criptomoeda.

As ondas dessa proibição de ativos digitais por parte da China foram levadas a cabo nesta semana, com a gigante do comércio eletrônico Alibaba anunciando na segunda-feira que não permitiria a venda de equipamentos de mineração de criptomoedas a partir de 8 de outubro.

"O Alibaba.com proibirá a venda de mineradores de moeda virtual, além da proibição de vender moedas virtuais como Bitcoin, Litecoin, BeaoCoin, QuarkCoin e Ethereum", dizia o anúncio.