#FreeRoss: Suprema Corte dos EUA rejeita proposta de revisão da sentença de prisão perpétua do fundador do Silk Road

#FreeRoss: Suprema Corte dos EUA rejeita proposta de revisão da sentença de prisão perpétua do fundador do Silk Road

By Ruchi Gupta - min. de leitura
Atualizado 04 junho 2020

A notícia de que a Suprema Corte dos EUA rejeitou a proposta dos advogados de Ross Ulbricht para rever a condenação de prisão perpétua de Rossu Ulbricht, fundador do mercado Silk Road, que funcionava na deep web, chamou a atenção não apenas daqueles que defendem o Ross, mas também os defensores da privacidade online.

A conta no Twitter Free_Ross, alertou sobre a recusa da suprema corte examinar o pedido dos advogados, os administradores da conta declararam que a decisão estabelece um péssimo precedente para outros casos de ações judiciais por parte dos defensores do direito à privacidade na rede.

Em 23 de janeiro de 2018 um dos maiores especialistas em assuntos da Suprema Corte, Tom Goldstein num destaque chamado “Petição do dia” no SCOTUSblog, intitulando o caso de “Ulbricht contra os Estados Unidos,” como sendo um dos casos mais prováveis para ser incluído na audição.

Ulbricht, que esteve no comando do darknet-market Silk Road (2011-2013) sob o pseudônimo de Dread pirata Roberts, está sendo acusado de possuir vida dupla, atualmente está cumprindo prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional por cometer uma série de crimes, incluindo lavagem de dinheiro e tráfico drogas.

A sentença foi decretada em maio de 2015, mas, de acordo com os defensores de Ross Ulbricht, a condenação, foi um “aviso” do juiz: “ele queria enviar uma mensagem para outros usuários da darknet”. Os advogados de Ulbricht afirmam que a investigação e o julgamento, foram afetadas pela “corrupção, abuso de autoridade e violação das leis.”

Por exemplo: Na sentença, Ulbricht foi considerado culpado por dar ordem em vários assassinatos que nunca haviam sido cometidos. No tribunal, não foi provado que esses crimes aconteceram, mas isso não afetou a decisão do juiz. Os advogados do fundador da Silk Road, referindo-se às quarta e sexta emendas da Constituição dos Estados Unidos, considerou ilegal a investigação que coletou as informações sobre o tráfego web sem a autorização necessária ou razão válida para a detenção, escondendo evidências chave, e violação do direito em um julgamento justo.

Vale destacar que os agentes do serviço secreto envolvidos na investigação e apreensão dos bitcoins, foram acusadas de corrupção, em particular, um dos agentes do Serviço Secreto dos EUA chamado Sean Bridges, se aproveitou da sua posição oficial, “pegou” uma grande quantidade de criptomoedas, mas foi descoberto e sentenciado a seis anos de prisão.

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