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Europol emite relatório sobre cripto hackers e malwares na mineração de criptomoedas

Melissa Eggersman

A Europol (Serviço europeu de polícia) emitiu alerta contra a crescente onda de criptohackers, extorsão e malwares em minerações conforme novo relatório da corporação.

De acordo com a organização europeia no “Relatório de crimes organizados pela Internet em 2018”, publicado na última quarta, o comportamento de alguns investidores, juntamente com as exchanges, aumentam consideravelmente o risco de atitudes ilícitas ligados a essa tecnologia.

Relatórios anteriores da Europol já indicavam que criptocriminosos transacionavam moedas virtuais para subsidiar atividades ilegais. Em razão disso, o Bitcoin tem perdido Market share para tokens com maior proteção de privacidade, como Zcash e Monero.

O relatório ainda destacou que grupos terroristas conseguiram captar recursos usando criptomoedas, ainda que felizmente nenhum desses recursos tenham sido efetivamente empregados nos ataques ocorridos na Europa.

“Sim, apesar do claro potencial, nenhum dos ataques perpetrados em solo europeu perecem ter sido financiados por criptomoedas”, observou a Europol. “O uso de criptomoedas por grupos terroristas tem somente a finalidade de transações de baixo valor – a maior parte do financiamento terrorista ainda é oriunda de transações bancárias convencionais e serviços de envio de dinheiro.”

Mas cada vez mais, conforme apurado pela Europol, as transações de criptomoedas, mineração e outros usuários enfrentam os riscos de tentativas de ataques de hackers e mesmo “extorsão de dados pessoais e roubo de identidade.”

Ecossistema do risco

O relatório também destaca os riscos de exchanges descentralizadas, as quais não são controladas por uma única entidade, apontando:

“Lavadores de dinheiro tem evoluído no uso de criptomoedas em suas operações, e isso tem sido facilitado graças a o aumento de exchanges descentralizadas sem o conhecimento prévio de quem está transacionando”

O uso de programas de mineração ilícitos, ou cryptojacking, também aparece listado como um tópico crescente no mundo do cibercrime.

Conforme ainda relatado, os ataques referentes as criptomoedas e mineração saltaram para enormes 956% desde o final de junho de 2017 até a mesma data em 2018, ultrapassando o ransomware como a ferramenta preferida do comércio de cibercriminosos. Mesmo assim, o ransomware continua a ser “a principal ameaça tanto na aplicação da lei quanto nos relatórios da indústria”, disse a Europol.

De acordo com o relatório, mineradores ilegais escondem códigos nos sites – aproveitando o poder de processamento das vítimas para minerar criptos – criando assim “fluxos de receita adicionais e, portanto, motivação para que invasores hackeiem sites legítimos para explorar seus sistemas de visitantes.

Da mesma forma, o malware de mineração “pode prejudicar o sistema das vítimas ao monopolizar seu poder de processamento”.

O relatório alerta que a última atividade deve se tornar “um fluxo de receita regular e de baixo risco para os cibercriminosos”.

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