Devido à sua natureza volátil e à controvérsia que as cerca, as criptomoedas provavelmente serão regulamentadas em breve, de acordo com o fundador e presidente da Baker McKenzie, o dr. Habib Al Mulla.
Falando na Arabian Business Startup Academy, o dr. Habib Al Mulla disse que é apenas uma questão de tempo até que a tecnologia mude o panorama dos negócios.
“Embora as criptomoedas permaneçam relativamente desreguladas, acredito que o futuro próximo pode sofrer uma mudança. Países ao redor do mundo […] estão tentando determinar como vão tratar [as criptomoedas]. Alguns são acolhedores, outros são cautelosos. Alguns países são francamente antagônicos “, disse Al Mulla.
“Não é mais uma questão de ‘se’ ou ‘quando’, agora é uma questão de ‘como’ e ‘em que medida’ as criptomoedas e a tecnologia blockchain subjacente serão reguladas antes de mudarem todos os aspectos dos negócios modernos”, afirmou ele.
Atualmente, existem aproximadamente 200 exchanges de criptomoedas em todo o mundo, a maioria das quais não são regulamentadas, segundo o Dr. Al Mulla, o que significa que a maioria não está sujeita às obrigações mais básicas de divulgação, como divulgação de propriedade, dados financeiros ou localização.
Ele explicou que, como essas exchanges de criptomoedas são baseadas fora da jurisdição, para evitar a regulamentação e os processos, os reguladores permanecem pouco claros sobre como normalizá-las, com a maioria das estruturas sugeridas, em grande parte, como não testadas ou ainda na fase de consulta.
Ele se referiu à introdução do Japão de uma licença para exchanges de criptomoedas, alegando que a regulamentação pode ser possível com pequenas mudanças nas regras atuais.
“A regra geral é que essas bolsas precisariam ser licenciadas e se encaixarem nas estruturas regulatórias existentes. E podem fazer isso facilmente, na verdade, com renúncias ou modificações nas regras existentes”, disse ele.
“A Ásia parece emergir como um cavalo de poder nesse campo devido a suas regulamentações mais frouxas para as plataformas de criptomoedas desde os primórdios do Bitcoin e devido a penetração de transações cripo na cultura local”, acrescentou.
Os Emirados Árabes Unidos ainda não abrigaram uma exchange regulamentada baseada em blockchain. Enquanto que a carteira bitcoin, BitOasis, é muitas vezes confundida como uma exchange, ela não atua como intermediário ou um mercado, de acordo com seu site.
