Citadel Securities não negocia criptomoeda devido à incerteza regulatória
O CEO Kenneth Griffin diz que a empresa ainda não está pronta para assumir riscos regulatórios
Citadel Securities, uma empresa global de fundos de hedge com sede nos Estados Unidos, não comprou ou negociou criptomoedas porque o espaço cripto ainda enfrenta muitas incertezas regulatórias.
Essa é a opinião de Ken Griffin, fundador e CEO da empresa.
Griffin disse isso durante uma entrevista citada pela Reuters.
"Simplesmente não estamos envolvidos hoje", aventurou-se ao explicar por que a multinacional não seguiu outros fundos de hedge para adicionar Bitcoin e outros ativos digitais a seus portfólios.
De acordo com o investidor bilionário, ele não quer "assumir o risco regulatório" devido à incerteza – mesmo que algumas das empresas líderes na área de investimentos já o estejam fazendo.
Em declarações ao Economic Club of Chicago, Griffin apontou para a necessidade de regulamentação adequada das criptomoedas, citando os comentários recentes de Gary Gensler sobre o assunto.
Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), disse recentemente que o regulador estava interessado na regulamentação de criptomoedas, com tantas empresas à margem que provavelmente serão incentivadas a adotar criptomoedas se houver clareza em torno do assunto.
Griffin não é tímido em declarar sua posição como sendo pouco favorável a criptomoedas. No entanto, ele acredita que a Citadel achará fácil investir em criptomoeda se a regulamentação trouxer mais concorrência para o mercado.
Segundo ele, ter clareza no mercado eliminará aspectos que tornam a criptomoeda pouco atraente para alguns investidores de grande porte. Isso, em sua opinião, acontecerá como resultado de o mercado se tornar "menor" e, portanto, atraente para os principais players do mercado regular.
O crescimento no setor de ativos digitais tem visto muitos entusiastas da criptomoeda apontarem para o potencial das criptomoedas para substituir o dólar americano e as moedas nacionais em outros países.
A adoção do Bitcoin como moeda legal por El Salvador seria um bom exemplo dessa possibilidade. Mas Griffin não está convencido, equiparando as preocupações com o dólar americano a uma "chamada jihadista" e um "conceito maluco".
Apesar disso, Griffin reconhece que a empresa Citadel provavelmente entrará no mercado cripto se o espaço for devidamente regulamentado.