Cientistas nucleares russos são presos por minerar bitcoin usando supercomputador

Agentes russos prenderam vários cientistas que trabalhavam em um centro secreto de guerra nuclear por supostamente estarem minerando criptomoedas.

Os suspeitos tentaram usar um dos supercomputadores mais poderosos da Rússia para minerar Bitcoins, o serviço de imprensa do centro nuclear disse: “Houve uma tentativa não autorizada de usar instalações de computador para fins privados, incluindo a chamada mineração”.

O supercomputador não deveria estar conectado à internet, afim de se evitar invasões, e uma vez que os cientistas o fizeram, o departamento de segurança do centro nuclear foi alertado. Os cientistas foram entregues ao Serviço Federal de Segurança (FSB), diz o jornal russo Mash.

“Até onde sabemos, uma ação criminal foi lançada contra eles”, disse o serviço de imprensa à agência de notícias Interfax.

O Centro Nuclear Federal em Sarov, no oeste da Rússia, é uma área restrita:

Na Guerra Fria, a primeira bomba nuclear da URSS foi produzida em Sarov, durante o governo de Joseph Stalin.

A cidade top-secreta nem sequer foi marcada em mapas soviéticos e ainda são necessárias permissões especiais para os russos a visitarem.

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Sarov está cercado por uma “terra de ninguém” bem protegida, com cercas de arame farpado para evitar os curiosos.

Há suspeitas de que o polônio radioativo-210 usado para matar o ex-agente FSB Alexander Litvinenko em Londres no ano de 2006 veio de Sarov.

O Centro Nuclear Federal empregou até 20.000 pessoas e seu supercomputador possui uma capacidade de 1 petaflop, equivalente a 1.000 trilhões de cálculos por segundo.

A mineração de criptomoedas requer grande potência computacional e enormes quantidades de energia. Há relatos de algumas outras instalações industriais na Rússia sendo usadas para criptomineração, e um empresário teria comprado duas centrais elétricas para a atividade.

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