Chegou a era dos Securities Tokens?

Mais e mais transações são realizadas graças as criptomoedas. Desta vez estamos vendo uma edição de securities tokens, feita graças à blockchain Ethereum.

A entrada de moedas digitais no mundo das finanças é um fenômeno que vem ocorrendo constantemente nos últimos tempos. A emissão de títulos utilizando tokens hospedados na Blockchain do Bitcoin ou Ethereum, bem como a criação de contratos sobre futuros de ativos digitais são novidades com as quais devemos viver no mundo de hoje.

Em 23 de julho, Luxemburgo assistiu a um destes novos desenvolvimentos, quando a primeira transação imobiliária foi realizada utilizando securities tokens emitidos na Blockchain Ethereum. A operação foi realizada pela empresa “Property Token S.A.” com tecnologia da Tokeny, Coinplus e INNO, todas sediadas em o Luxemburgo.

A operação consistiu basicamente na emissão de tokens que representam uma fração da propriedade em um imóvel de luxo localizado na cidade de Belval. Então, quem quiser investir neste imóvel só deve comprar os tokens e assim receberão dividendos da renda que ele gerar no futuro.

“Através deste novo tipo de titularidade, os investidores puderam decidir a extensão do seu investimento (o mínimo foi fixado em 1000 euros), sendo as rendas e qualquer capital de uma revenda automaticamente atribuídos a eles na proporção da sua contribuição”, explica a Property Token S.A.

Os tokens também foram protagonistas em transações imobiliárias na Alemanha. O país concedeu recentemente autorização para a emissão de títulos garantidos por securities tokens.

Além disso, outros tipos de operações, como ICOs (mesmo enfrentando certos problemas), vêm ganhando popularidade ao longo dos anos. Isso devido às vantagens que oferecem sobre os meios tradicionais de realizar transações financeiras, incluindo a redução dos custos administrativos e operacionais e a transparência oferecida pelo uso da tecnologia Blockchain.

Essas categorias também geraram inovações no ambiente regulatório, uma vez que, sendo um fenômeno novo no mundo financeiro, as agências responsáveis pela regulação do mercado estão atualmente tentando criar métodos que permitam controlar os chamados “contratos inteligentes”, permitindo que essa tecnologia continue a ser desenvolvida.