Artigo anterior Câmara dos deputados discute projeto de lei para regularização de moedas digitais Próximo artigo Home Câmara dos deputados discute projeto de lei para regularização de moedas digitais Câmara dos deputados discute projeto de lei para regularização de moedas digitais By Hassan Maishera - min. de leitura Atualizado 03 junho 2020 Foi iniciada às 15h nesta quarta-feira (05/07) uma comissão especial com o objetivo de discutir o projeto de lei nº 2303/15, do deputado Áureo (SD-RJ), sobre a regularização do bitcoin e demais altcoins em território nacional. Em síntese, o governo estuda formas de poder ter controle sobre o fluxo oriundo das negociações realizadas com tais moedas e tributar as negociações realizadas. Contudo, devido ao conhecimento ainda muito embrionário sobre moedas digitais e blockchain, ainda não há nenhuma proposta clara sobre como isso poderia ser feito. A sessão contou com a presença de duas figuras conhecidas no mercado de bitcoin brasileiro: o economista Fernando Ulrich, autor do livro “Bitcoin: A Moeda da Era Digital” e Marcelo Miranda, diretor executivo da exchange FlowBTC. Ulrich defende que a rede continue seguindo o caminho atual, descentralizada e autorregulada pelos próprios usuários e desenvolvedores: “Não há um servidor central controlando o cumprimento das normas. Primeiro, porque estas incentivam o comportamento honesto; segundo, porque todos são monitorados por todos”. Ulrich citou o Japão como modelo devido à sua regulação branda com relação ao bitcoin. Cerca de 260 mil lojas no Japão passarão a aceitar bitcoin como forma de pagamento ainda este ano. As principais preocupações do deputado autor do projeto de lei são a utilização de criptomoedas para financiamento de organizações criminosas e lavagem de dinheiro, uma vez que o protocolo da rede blockchain garante enorme anonimato às transações. Foram citados durante a sessão dois casos de extorsão mediante sequestro em que o pagamento foi exigido em bitcoin. O Brasil está entre os cinco países com maior risco de sequestro. Apenas dois casos em que houve exigência de pagamento por bitcoin foram registrados, o que descarta um padrão sobre o uso da tecnologia em sequestros. Iágaro Jung Martins, subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, mostrou-se bastante preocupado quanto ao possível impacto que a economia digital poderá causar à tributação estatal. Se os pagamentos deixarem de ser realizados através de moeda nacional e forem utilizadas tecnologias descentralizadas como o bitcoin, o Estado não terá controle tributário sobre tais operações. Compartilhe este artigo Categorias Mercados Etiquetas Ethereum