Artigo anterior Cade investiga bancos por abuso de poder contra corretoras brasileiras. Próximo artigo Home Cade investiga bancos por abuso de poder contra corretoras brasileiras. Cade investiga bancos por abuso de poder contra corretoras brasileiras. By Melissa Eggersman - min. de leitura Atualizado 04 junho 2020 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) abriu na terça-feira (18) um inquérito contra seis bancos por supostamente abusarem de seu poder de mercado ao fecharem contas de exchanges brasileiras. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) está investigando seis grandes bancos por práticas monopolistas em relação à exchanges brasileiras. A investigação, iniciada a pedido da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain (ABCB), vai apurar a atuação do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, Banco Inter e a cooperativa Sicredi em relação ao fechamento de contas de algumas corretoras brasileiras. Para a ABCB, os bancos que já encerram contas de inúmera exchanges e bloquearam seus fundos com a simples alegação de “ não haver interesse comercial deste banco em sua manutenção”, estão impondo restrições ao acesso de corretoras de criptomAedas ao sistema financeiro, o que impede o exercício de suas atividades, trazendo grande prejuízo às corretoras. Os bancos que se negaram a abrir ou fecharam as contas de corretoras de criptomoedas justificaram ao CADE, que as contas foram fechadas pela ausência de dados básicos sobre os clientes, exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro (AML) e a ausência de um código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Para Fernando Furlan, presidente da ABCB, a ofensiva dos bancos contra as corretoras brasileiras fere a livre concorrência, concentrando o setor financeiros e impedindo a entrada de novos participantes no mercado. A ABCB alega que os bancos prejudicam a ordem econômica ao encerrarem contas sem explicação. E por isso pediram ao CADE uma medida cautelar que obrigasse os bancos a manter ou abrir novas contas de corretoras de criptomoedas, mas a agência não viu motivos para tomar a decisão neste momento. Apesar da preocupação do CADE com as atividades ilícitas, ele considera que cada exchange deve ser analisada individualmente: “… as atividades ilícitas devem ser evitadas e os bancos devem tomar medidas restritivas quando houver indícios de crimes cometidos por seus correntistas … No entanto, não parece razoável que os bancos apliquem medidas restritivas, a priori, de forma linear a todos empresas de criptomoedas, sem examinar o nível de cumprimento e as medidas antifraude adotadas por corretoras individuais… ” Compartilhe este artigo Categorias Negócios Etiquetas Dash